Após problemas, Mocidade resgata história na abertura do 2º dia na Sapucaí
A Mocidade Independente de Padre Miguel abriu o segundo dia de desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira. Após enfrentar diversos problemas fora da avenida durante o ano, a escola fez um desfile mais humilde na Sapucaí, tendo como foco o resgate de sua gloriosa história.
A escola, que busca quebrar uma fila que dura desde 1996, homenageou Fernando Pinto, carnavalesco campeão com a escola em 1985. O desfile explorou o estado natal do sambista, Pernambuco, dando destaque para a ciranda de roda, cordel, frevo e o Galo da Madrugada, além do tema espacial que deu o título à escola 19 anos atrás.
Com muitos problemas durante o ano, a Mocidade na verdade entrou no sambódromo mais pensando em não cair, já que os problemas financeiros prejudicaram muito na preparação durante o ano, fazendo com que as alegorias, por exemplo, fossem mais humildes do que as gigantescas obras vistas no dia anterior na Sapucaí.
E de fato a escola enfrentou alguns problemas no início. O carro abre-alas teve dificuldades antes do início do desfile, demorando para entrar na avenida. Além disso, foram relatados diversos problemas com as fantasias e alguns membros de carros alegóricos sendo impedidos de entrar na avenida.
Mesmo assim, o abre-alas foi dos pontos altos da Mocidade, trazendo destaques sem silicone, já que nos tempos de Fernando Pinto, a beleza mais natural era o que imperava nos desfiles.
Na tradicional bateria, que teve como rainha Mariana Rios, não se intimidou fez as famosas paradinhas, tão características, com direito a uma “paradona” no finalzinho. O ritmo de Pernambuco também foi lembrado pela bateria, que tocou em ritmo de baião.
O tema espacial também não faltou durante o desfile. Menção ao samba “Ziriguidum 2001”, que ganhou o título em 1985 com Fernando Pinto. A ala das baianas, por exemplo, usaram fantasias que representaram insetos espaciais do clássico enredo. Além disso, astronautas “levitavam” durante todo o desfile.
O último carro fez uma pequena brincadeira, com Fernando Pinto indo para o espaço e fundando a cidade imaginária “Pernambucópolis”.
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