“Aqui as pessoas não só se fantasiam, mas elas vivem a fantasia que estão utilizando”, diz diretor do bloco “Galo da Madrugada”
A Jovem Pan está fazendo uma cobertura mais do que especial do Carnaval 2015. Depois de falarmos com representantes das principais escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de batermos um papo com fundadores de blocos de rua da capital paulista, não poderíamos nos esquecer dos grandes blocos de carnaval que fazem a animação de milhares de pessoas em outros estados do país. Dessa vez, quem cedeu entrevista aos ouvintes da Pan foi o diretor Romulo Meneses, do bloco “Galo da Madrugada”, de Recife.
De acordo com o carnavalesco, a maior emoção da direção que organiza a festa é ver as proporções em que o bloco se encontra hoje. Surgindo de uma brincadeira em família, o “Galo” não tinha a pretensão de se tornar um dos principais blocos de carnaval do Brasil.
“A forma como surgiu o Galo não tem nada a ver com que o Galo é hoje. O Galo foi fundado por um movimento dentro da nossa família e alguns amigos. No primeiro desfile do Galo nós eramos um bloco de 75 pessoas”, diz Romulo, afirmando que atualmente mais de dois milhões de seguidores acompanham o bloco nas ruas de Recife.
Engana-se quem pensa que é apenas o público recifense que acompanha esse tão famoso trio elétrico. O “Galo da Madrugada” recebe turistas do mundo todo, incluindo do Japão. “É uma coisa que emociona muito a quem está na direção, quem está brincando, quem está assistindo, vivenciando. O pessoal não diz “eu vou ver o Galo”. Todo mundo que está aqui diz que vai “sair no Galo””, explica. “É uma coisa muito espontânea, muito aberta, muito democrática”, completa.
Quem quiser participar dessa grande festa é só chegar. Indo até Recife é fácil participar do evento. “Chegando aqui está aberto. Não tem que comprar camisa, não tem que comprar nenhum instrumentário específico para sair no Galo. Mas você também tem a opção, se quiser, de comprar ingresso de um camarote, de um ingresso para sair em cima de um trio elétrico”, diz. ” O que o pessoal aqui curte muito é vir fantasiado. Aqui as pessoas não só se fantasiam, mas elas vivem literalmente a fantasia que estão utilizando”, finaliza.
Para mais detalhes da festa, ouça o áudio completo na reportagem.
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