Arctic Monkeys e David Bowie são os grandes vencedores dos Brit Awards

Banda Arctic Monkeys foi destaque em noite de premiações do Brit Awards. Veja fotos.

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Londres, 19 fev (EFE).- O grupo de indie rock Arctic Monkeys foi o grande vencedor do Brit Awards ao vencer o prêmio mais importante da noite, de “melhor álbum” por “AM” e também o de “melhor grupo” em uma cerimônia em que mesmo ausente David Bowie foi também protagonista ao ser eleito o “melhor artista masculino”.

O grupo de Sheffield, liderado por Alex Turner, que repetiu o sucesso das edições de 2007 e 2008, foi também a primeira que subiu ao palco para interpretar “R U Mine?” na cerimônia realizada no estádio londrino O2.

Ao receber o Brit de “melhor grupo”, Turner brincou dizendo que eles mesmos haviam “apostado 15 libras” que a estatueta iria para One Direction os ganhadores na categoria.

“AM” é o quinto disco da banda, foi lançado em setembro do ano passado e na primeira semana venceu 157 mil cópias no Reino Unido, emplacando o primeiro lugar nas paradas. A banda ainda fez o show de abertura da premiação esta noite.

Outra vez o popular ator britânico James Corden foi o mestre de cerimônias de uma festa preparada com os ingredientes próprios do pop – luzes fluorescentes e roupas impactantes – que contou com atuações de Katy Perry, Bruno Mars e Beyoncé, entre outras.

Bowie, que se tornou hoje o artista mais velho a ganhar um Brit, superando Tom Jones, que venceu aos 62 anos. E Noel Gallagher o responsável por anunciar seu nome como vencedor na categoria de “melhor artista masculino”.

O ex-Oasis brincou com a ausência do enigmático artista, que raramente abandona Nova York, e disse que tinha enviado “sua representante na terra da rainha”, a supermodelo Kate Moss, para recebê-lo, pois “Bowie é cool demais para estar aqui”.

A modelo, de 40 anos, subiu ao palco vestida com um dos figurinos “vintage” que Bowie vestiu em 1972 durante a fase de Ziggy Stardust, o extraterrestre bissexual andrógino e um de seus personagens mais icônicos, desenhado por Kansai Yamamoto.

Moss leu uma mensagem do músico, onde Bowie dizia estar “completamente encantado” com seu Brit e encorajava, além disso, os escoceses a votar pelo “não” no referendo sobre a independência escocesa que será realizada no próximo 18 de setembro: “Escócia, fique conosco”, disse o cantor.

O magnético Bowie também ganhou há 30 anos, em 1984, o Brit de melhor cantor e levou outro honorário em 1996 por sua contribuição à música.

Seu último trabalho, “The Next Day”, foi lançado em 11 de março de 2013 e surpreendeu a crítica após uma década sem lançar nada inédito.

Por outro lado, quatro anos após levar o prêmio da crítica, Ellie Goulding recebeu esta noite das mãos de Prince o Brit de melhor artista feminina, que a multiinstrumentista recebeu “em choque”, confessou, depois de vencer Birdy, Jessie J, Laura Marling e Laura Mvula.

Bruno Mars venceu o prêmio de “melhor artista internacional masculino”, que admitiu que se sentia “muito honrado” por ter concorrido na categoria com Drake, Eminem, John Grant e Justin Timberlake.

O “melhor single” foi “Waiting All Night” do álbum estreia “Home” do quarteto de música eletrônica Rudimentar, uma formação do bairro londrino de Hackney, que concorria a três Brit.

A jovencíssima neozelandesa Lorde, de 17 anos, foi escolhida “melhor artista internacional feminina” superando outras veteranas como Janelle Monae, Katy Perry, Lady Gaga e Pink.

O quarteto londrino Bastille, cujo álbum “Bad Blood” foi o mais baixado em 2013, e levou o Brit de “artista revelação”, uma de suas quatro indicações, e os músicos recolheram seu prêmio assegurando que era algo “totalmente inesperado”.

O prêmio da crítica foi para Sam Smith enquanto o grupo pop One Direction levou o prêmio de “maior sucesso global” e o de “melhor videoclipe”.

O líder da banda, Harry Styles, teve que se justificar pelo atraso para chegar ao palco primeiro desses Brit junto com o resto de integrantes da banda – Zayn Malik, Liam Payne, Niall Horan e Louis Tomlinson – por estarem no banheiro, “à anos luz” de distância.

O prêmio de “melhor grupo internacional” foi para os grandes vencedores do Grammy, o duo francês Daft Punk, que esteve ausente.