Atividades começam cedo em Paraty no primeiro dia de Flip

  • Por Agencia Brasil
  • 30/07/2014 12h37
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As atividades começaram cedo hoje (30), no primeiro dia da Feira Literária Internacional de Paraty, a Flip. O sol apareceu depois de dias de chuva constante e, aos poucos, vai secando as poças deixadas entre os paralelepípedos desnivelados da pequena cidade colonial da costa verde.

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Com a abertura oficial marcada para as 19h, a mostra homenageia nesta edição Millôr Fernandes – jornalista, cartunista, tradutor, roteirista e sobretudo um defensor da liberdade de expressão nos tempos duros da ditadura militar.

No circuito alternativo, às 8h30, a mesa sobre roteiros com os jornalistas e escritores Eliane Brum e Antonio prata já estava bem disputado. A Flipinha – programação voltada para o público infantojuvenil – traz apresentação de dança de índios guaranis, pois um dos temas centrais da festa deste ano é a questão indígena.

Na agenda da Flipzona haverá o debate Sociedade e Literatura na parte da tarde e, às 18h, terá a abertura do Circuito de Pratos Literários, evento gastronômico que há cinco anos integra a programação do Off Flip que homenageia autores e divulga restaurantes, produtos e produtores da região, por meio das receitas criadas pelos chefs de Paraty.

Às 20h começa o aguardado show de abertura, que este ano será gratuito desde a criação da Flip há 12 anos. A cantora Gal Costa será a atração, com participação do cantor Felipe Guaraná.

O curador da Flip, Paulo Werneck, explicou que ideia é democratizar o acesso aos eventos oficiais cada vez mais. “Sempre tivemos essa preocupação com a inclusão. Este ano temos um telão na Praça da Matriz e queremos divulgar ainda mais a transmissão ao vivo online [no site] para as pessoas de todo o Brasil verem e a Flip não ficar restrita a quem está dentro da tenda e em Paraty.”

Até domingo (3), estão previstas mais de 200 atividades, entre shows, lançamentos de livro, debates, exposições e exibições de filmes. A expectativa dos organizadores é receber cerca de 25 mil pessoas até o fim do evento.

Morador de Paraty há 20 anos, o produtor cultural e dono de um sebo itinerante, Daniel de Jesus Lima, 53 anos, comemorou a iniciativa de mais espaços gratuitos na feira. “Nas outras Flips as pessoas diziam que havia os privilegiados do lado de dentro e os que não tinham dinheiro não podiam ver, então, abrir [a programação] foi muito bacana”.

Editor Talita Cavalcante

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