Banderas critica comentário de Trump e diz que latinos estão unidos
Marbella (Málaga), 18 jul (EFE).- Antonio Banderas falou sobre o senso de latinidade ao receber o Prêmio Platino de Honra neste sábado, em Marbella: “apesar do interesse insano do senhor Donald Trump por chutar nosso traseiro, temos o poderoso gostinho de nos sentirmos unidos contra ninguém”.
Banderas lembrou que foi ao chegar em Hollywood que compreendeu a “dimensão real, o indubitável potencial e a força irrefreável do latino”
Segundo ele, é uma defesa que se realiza “sem enfrentamentos, com o coração aberto, com a curiosidade como bandeira, porque todos amamos nossos países de origem, mas podemos abraçar a ideia do latino e o orgulho de sentir-se hispânico”.
Com toda a plateia de pé, Banderas apoiou o Prêmio Platino como uma plataforma que consolida o respeito adquirido pela cinematografia latina, “que nos torna fortes para poder concorrer em igualdade de condições, nem mais nem menos”.
O ator recebeu o prêmio por sua carreira das mãos da atriz porto-riquenha Rita Moreno, que disse que Banderas é um homem que considera “muitíssimo, porque soube lutar contra os estereótipos de Hollywood”.
“Receber este prêmio é uma honra e fazê-lo pelas mãos de uma lenda é um grande privilégio”, afirmou Banderas, especialmente emocionado por estar em sua terra natal, Málaga.
“Minha Málaga fenícia, muçulmana, romana, picassiana, zambranista. Dou uma saudação a todos os povos latinos com os quais me uno na língua e no desejo de sonhar e fazê-lo através da tela em movimento, pelo que chamamos cinema”.
E após lembrar os filmes que realizou na América Latina, que serviram para “compartilhar uma maneira de fazer cinema e uma forma de entender a vida”, fechou seu discurso com uma rara citação de Quixote.
“Como não tem experiência nas coisas do mundo, todas as coisas que têm algo de dificuldade que parecem impossíveis. Confia no tempo, que consegue dar doces saídas a muitas amargas dificuldades”. EFE
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