“Cada um tem uma busca”, reflete Heloísa Périssé sobre tema de nova peça

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2015 17h57

Heloísa Périssé no cartaz da peça

Divulgação Heloísa Périssé no cartaz da peça

Em cartaz com a peça ‘E Foram Quase Felizes Para Sempre’, a atriz Heloísa Périssé se apresenta no primeiro monólogo escrito por ela, que aborda o assunto de relacionamentos e, como ela mesma diz “em síntese, do amor”. Em entrevista para a Jovem Pan, a artista de muitos talentos revelou que ninguém menos que Carlos Drummond Andrade a ajudou a pensar sobre o assunto, com uma frase sobre esse sentimento tão controverso: “você tem todos os motivos do mundo para não amar uma pessoa e apenas um para amar, esse prevalece”.

No bate-papo, a atriz revelou que muitas mulheres se identificaram com a personagem escrita e interpretada por ela, inclusive mais do que ela esperava. “É que ela quer aquela pessoa que ela quer e ela quer que aquela pessoa que ela quer seja aquela pessoa”, explicou a atriz. Entretanto, a ideia é justamente mostrar que a felicidade no amor vai muito além de apenas ter a pessoa de quem se gosta.

Dessa forma, ao mesmo tempo em que Heloísa Périssé aborda um tema complexo em uma comédia (quem nunca teve problemas de amor?), ela procura fazê-lo de forma madura, respeitando a realidade. “A gente às vezes cisma ‘eu gosto dessa pessoa, mas’. Mas a gente esquece que esse ‘mas’ é a pessoa também. ‘Eu gosto muito de você, mas você é desalmada’. Não tem problema, porque essa é a pessoa. Você tem que achar um meio termo. Até porque você não muda ninguém, no máximo muda a si mesmo e olhe lá”, destaca.

“Ser feliz para sempre depende de uma coisa: construção diária”, filosofa a atriz, com base em sua própria experiência. “eu sou uma pessoa que até já separei algumas vezes do meu marido e hoje eu vivo em uma lua de mel que nem quando eu conheci ele era assim. Então tem também a questão do tempo, que depois de um tempo você vai entendendo o outro melhor, você vai aprendendo a ceder também”.

Na entrevista, ela ainda destacou que a felicidade no amor não é igual para todo mundo: “cada um tem a sua busca”, refletiu Périssé. “Porque uma coisa não tem nada a ver com a outra. O fato de você ser bem sucedida profissionalmente não quer dizer que tenha que ser no amor”, comentou a atriz.

Sobre a peça em si, ela também comentou que o fato dela ter escrito o texto não necessariamente facilita sua interpretação, muito pelo contrário. “É correr uma maratona. Ali eu tenho que me dar a deixa certa, ser fiel às coisas que eu crio para não esquecer, porque não tem ninguém para me ajudar. Só Deus”, brinca. “É a primeira vez que eu escrevi uma peça solo e acaba sendo walking progress. Porque como sou eu em cena, texto meu, produção minha, só não é a direção, que é da Susana Garcia. E eu acho muito legal, porque eu tenho muita liberdade de ir trocando. Estou no céu de felicidade, ‘feliz para sempre’”.

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