“Chaplin – O Musical” abre audições em São Paulo no Theatro Net

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2015 20h14
Reprodução / Instagram Marcello Antony e Jarbas Homem de Mello e atuam juntos no musical

O espetáculo “Chaplin, o Musical”, da Broadway, que conta a vida de Charles Chaplin e terá o ator Jarbas Homem de Mello no papel do adorável vagabundo, estreou em São Paulo na última segunda-feira (18). O musical, que abusa da sensibilidade, promete atrair o público das mais variadas idades. Ao contrário dos cinemas, que ao retratar esse mito das telonas apenas o exploram como Carlitos, seu principal personagem, a apresentação no teatro conta toda a história dele.

“A gente trata ele desde os 9 anos de idade até os 82, que foi a idade que ele tinha quando ganhou o Oscar nos Estados Unidos. O espetáculo é muito bonito, muito sensível. Tem o Carlitos também, que foi um grande personagem que ele criou, no qual ele conseguiu fazer a fama dele e ganhar a fortuna que ele ganhou. Mas a gente conta toda a história, a criação”, revelou Jarbas em entrevista à rádio Jovem Pan.

Ainda no bate-papo, Jarbas contou que o espetáculo retrata a pessoa que era Charles e, principalmente, a escolha política dele, pela qual ele foi expulso dos Estados Unidos nos anos 50.

O ator Marcello Antony também faz parte do elenco. Nos palcos, ele vive Sydney Chaplin, que passou a vida inteira cuidando do irmão na vida real.

“A mãe de Charlie foi internada num hospital psiquiátrico quando ele tinha entre 7 ou 9 anos. O pai morreu muito cedo também e eles foram parar num orfanato, até que fugiram e ficaram ali pelas ruas de Londres. Era sempre o Sidney quem cuidava do Charlie. E foi ele inclusive quem levou o Charlei pro teatro musical em Londres, onde eles tiveram um sucesso local”, revelou o ator. “Quando Charlie foi para os Estados Unidos, ele trouxe o Sidney pra trabalhar com ele nos estúdios do cinema. E o Sidney se tornou o agente dele, o gerente financeiro da vida inteira”, explicou.

De acordo com o artista, Chaplin pode ser considerado o maior precursor dos cinemas porque ele tinha muitas habilidades. “Ele era cantor, bailarino, acrobata, circense, roteirista, diretor, ator, o cara fazia tudo. Ele tava no lugar certo quando a coisa tava começando, ele teve a chance de experimentar tudo, ser o precursor de um monte de coisa. Ele inventou o flashback, ele inventou movimentos de câmera, além de ser um cara muito criativo. Na época dele, ele foi o que se destacou, tanto que ta aí até hoje”, disse.

Jarbas Homem de Mello faz musical há mais de 15 anos. Ele, que teve uma banda de rock quando era adolescente e sempre dançou danças típicas, folclóricas, acredita que, quando explodiu os musicais em São Paulo, tinha tudo que precisava.  “Acho que tive sorte. Mas é difícil essa versatilidade. A Cláudia Raia [sua atual namorada] sempre fala que temos que ter três cérebros: um pra dançar, um pra cantar e um pra interpretar. Não é fácil”.

O espetáculo “Chaplin, the Musical”, da Broadway,está no Theatro Net, do shopping Vila Olímpia, de quinta-feira aos domingos.

 

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