Clima morno, discurso feminista e vencedores de primeira viagem marcam Oscar 2015
A responsabilidade era grande: após a incrivelmente bem sucedida edição de 2014, comandada por Ellen DeGeneres, o Oscar 2015 ficou sob a tutela de Neil Patrick Harris. Embora carismático e talentoso, o ator não conseguiu dominar as piadas e teve atuação morna durante a madrugada desta segunda-feira (23). Nada que chegasse perto da já icônica selfie repleta de famosos do ano passado.
A cerimônia como um todo ficou marcada, infelizmente, pela falta de emoção – tanto nos vencedores, quanto nos discursos. Exceção feita à Patrícia Arquette, que venceu como Melhor Atriz Coadjuvante, e levantou a plateia com discurso feminista. “É nosso momento para ter igualdade de direitos para mulheres de uma vez por todas”, bradou.
O ritmo lento da premiação permaneceu constante ao longo de toda a exibição. Na parte burocrática, “Birdman” confirmou favoritismo e garantiu o Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor. Eddie Redmayne, em “A Teoria de Tudo”, desbancou Michael Keaton como Melhor Ator.
Julianne Moore finalmente conquistou sua estatueta e foi nomeada como Melhor Atriz, por sua envolvente performance em “Para Sempre Alice”. Emocionadíssima, ela dividiu a honraria com as demais indicadas.
Na parte musical, quem brilhou mesmo foi Lady Gaga. Interpretando o clássico de “Noviça Rebelde”, fez bonito com vocais impecáveis. Não satisfeita, foi agraciada pela benção da protagonista e lenda Julie Andrews. Dia difícil para as inimigas.
No fim das contas, mais uma vez, fica a sensação incômoda de que a Academia precisa se reciclar e rever a forma com que conduz suas edições. Uma coisa é certa: Ellen DeGeneres e seu frescor fizeram muita falta em 2015.
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