Com 40 anos de Carnaval, Max Lopes celebra carreira: a pura arte popular

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2016 21h44
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Desfile da Unidos do Viradouro foi desenvolvido pelo carnavalesco Max Lopes

Reprodução/Facebook Ensaio de quadra da Unidos do Viradouro

Conhecido como o Mago das Cores, o carnavalesco Max Lopes está há mais de 40 anos defendendo a cultura brasileira e o Carnaval. Já passou por São Paulo e vários escolas no Rio de Janeiro e, em 2016, ele cuidou do desfile da Unidos do Viradouro.

Em entrevista a Cris Santos, repórter da Jovem Pan, ele contou que começou sua carreira no Carnaval no Salgueiro, sendo que seu primeiro desfile como carnavalesco foi na Unidos de São Lucas.

“Antes eu já desfilava na escola como passista e presidente de uma ala. Eu já tinha esse vínculo com o Salgueiro. E daí eu comecei a pesquisar e gostar desse trabalho. Eu achei que era uma missão passar beleza, plástica e alegria para um povo tão necessitado disso, e comecei a ingressar nessa história”, disse.

“É o caminho da pura arte popular”, defende o carnavalesco sobre seu trabalho no decorrer desses 40 anos. “O que eu posso passar é que houve uma transformação muito grande. Algumas coisas eu fui um pouco culpado dessa transformação, porque eu comecei no Salgueiro e lá eles tinham esse pique de querer fazer coisas grandiosas, e eu me acostumei com isso”, explicou Max.

“É a maior festa popular do mundo e estou inserido nela”, destacou o carnavalesco. De acordo com ele, as escolas cresceram muito, o tempo de desfile diminuiu, o que melhorou a qualidade do Carnaval. Além disso, a construção do sambódromo também fez com que a festa do Carnaval crescesse e “se tornou uma atração mundial”.

Dos carnavais em que ele já trabalhou, ele destaca o Braguinha. “Foi um marco na minha vida, foi um marco no Carnaval, porque foi uma mudança radical da Mangueira, do tradicionalismo exacerbado da Mangueira. Quando começaram a me chamar de Mago das Cores foi por causa disso, porque eu fiz uma mudança muito radical na Mangueira e ela foi Super Campeã. É o único Super Campeonato que existe e o primeiro que eu venci”, contou.

Outro destacado por ele foi o do enredo “Liberdade! Liberdade!”, da Imperatriz, por ter sido rejeitado por outra escola. “Achando que era um enredo fraco, coisa de bloco”, disse. “Ela tirou dez em todos os requisitos. A primeira vez que alguém tirou dez em tudo com um tema supercomum, que era a Proclamação da República, mas foi um desfile muito bonito, de um luxo exacerbado”.

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