Com bateria e alegorias grandiosas, Vila Maria é forte candidata ao título
Com o enredo “A Vila Formosa é mais bela, Ilhabela das maravilhas”, a Unidos de Vila Maria conta com Dudu Nobre para puxar o segundo desfile do Carnaval paulista. No Anhembi, a agremiação homenageia a cidade de Ilhabela, que está comemorando seus 220 anos com sua história contada na passarela do samba. “O meu paraíso em aquarela, a grande capital da vela, Ilhabela”, diz o enredo da agremiação da Zona Lesta paulistana.
Na intenção de levar à Avenida uma ilha de mistérios, de magia, de lendas e da preservação da flora e fauna, a escola começou com muito verde e azul, as cores da escola. Dentro do clima de magia que envolve o enredo, a ala das baianas entra simbolizando o espírito da natureza. Seguidas pelos marlins, os guardiões do alto-mar, elas chamaram atenção no Anhembi.
Na comissão de frente, a Vila Maria leva a lendária feiticeira, mais os portugueses e piratas, sendo que os últimos se repetem como tema na bateria da escola. Já no abre-alas, os marlins chamam atenção à frente do carro. A nível Vila Maria, o colorido reforça a natureza e a preservação da biodiversidade.
Em seguida, a cerâmica caiçara é celebrada pela escola, que trabalhou com detalhe a origem indígena da cidade de Ilhabela. Conforme o carnavalesco Alexandre Louzada havia prometido anteriormente para a Jovem Pan, o desfile toca fragmentos da civilização antiga de Ilhabela e dos povos que habitaram a cidade, da invasão pirata até a colonização da ilha, sem deixar de falar da catequização realizada pelos jesuítas.
O quarto carro, dado o tamanho, enfrentou dificuldades para entrar na Avenida, mas a escola conseguiu fascinar o público pela suntuosidade e luxo da alegoria. A inovação também foi vista na bateria da agremiação, que levou à Avenida um pouco de reggae e eletrônico, sem prejudicar o desempenho da Vila Maria.
Quem também chamou a atenção foram as musas da escola, Dani Bolina como Madrinha da agremiação e Bruna Fonseca como estreante no posto de rainha de bateria. Com fantasia preta, a soberana da escola passou como o grande tesouro da bateria, inclusive com referência às joias dos baús dos ritmistas, caracterizados como piratas. Encerrando os cinco capítulos nos quais foi contada a história de Ilhabela, a capital da vela e do mergulho contou com mergulhadores, surfistas e velejadores.
“A Vila Formosa é mais bela, Ilhabela das maravilhas”
Vem ver
No horizonte o sol vai despertar
Em cada canto vejo florescer
Obra prima da mãe natureza
O azul do mar, revelando encantos e magia
“Ilha das maravilhas”
Terra onde canta o tangará
E o índio bateu o tambor… Ôô
Reverenciando ancestrais
Matas, rios e cascatas adorou
As riquezas naturais
E no balanço das ondas… Mareia
Tem reza forte tem … Na aldeia …
Clareia
Salve o sincretismo na religião
Oxóssi é São Sebastião
Desafiando a emoção
Piratas aventureiros
Lendas, mistérios e sedução
Em busca do ouro a ambição
Vai e vem da maré… sinfonia no ar
Tantas histórias pra contar
Você o meu paraíso em aquarela
A grande capital da vela… Ilhabela
Dona das mais lindas cachoeiras
Deságua na cadência do meu samba
E nesse carnaval
Torna o meu sonho real
É você minha Vila o meu grande amor
Paixão pra vida inteira
A mais … É ela
Vila Maria canta Ilhabela
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