Com foco na igualdade de gênero na literatura, editora recebe mais de mil escritoras em seu estande na Bienal
Todas são coautoras de obras publicadas pelo selo Série Mulheres, criado pela Leader — e sua CEO Andreia Roma — para destacar histórias femininas
A Editora Leader, comandada por Andreia Roma, fundadora e CEO, atingiu um marco significativo na Bienal do Livro de São Paulo 2024. Com seu estande dedicado ao protagonismo feminino, a editora já recebeu mais de mil mulheres, todas coautoras de obras publicadas pelo selo Série Mulheres. Este selo, criado para destacar histórias de mulheres, é registrado em 182 países e tem como missão valorizar a equidade de gênero na literatura. “Nós valorizamos a essência da mulher para que elas não deixem de publicar, para que possam acreditar umas nas outras, sem se autossabotar diante de tantos obstáculos e julgamentos do dia a dia. Aqui, mais do que nunca, ninguém larga a mão de ninguém, e já provamos isso em diversas obras que produzimos com mulheres como estrelas de áreas distintas e tão permeadas por homens”, pontua Roma.
Ao longo do evento, a Editora Leader tem se destacado por seu compromisso em dar voz a essas mulheres, promovendo a reflexão sobre a importância da leitura e da preservação das histórias individuais. Com o slogan “Toda mulher tem uma história”, o estande oferece uma experiência descrita como imersiva e inovadora. Uma das atrações é um livro interativo de 12 metros, acessível apenas por senha, que permite aos visitantes uma vivência exclusiva sem o uso de celulares, reforçando a conexão com a leitura. “Este ano, nosso objetivo é surpreender o público com uma viagem dentro de suas próprias histórias, valorizando cada trajetória, independentemente da classe econômica.”
Apesar do sucesso na Bienal, Andreia Roma faz uma reflexão sobre o declínio do hábito de leitura no Brasil. Estudos recentes indicam que 60% da população não lê e 40% perdeu o interesse pela leitura. Ela destaca que as novas gerações estão cada vez mais imersas no consumo de conteúdos digitais rápidos, o que pode comprometer o desenvolvimento intelectual a longo prazo. No entanto, há sinais de esperança, como o aumento da preferência pelo livro físico, que atualmente é escolhido por 64% dos leitores brasileiros.
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