De Nossa Senhora Aparecida a Iemanjá, Tucuruvi canta a Fé no Anhembi

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2016 02h13
Américo Fazio/Jovem Pan Carro alegórico da Acadêmicos do Tucuruvi

Com a comissão de frente representando cruzes e cruzeiros, a Acadêmicos do Tucuruvi levou ao Anhembi o enredo “Celebrando a religiosidade, Tucuruvi canta a Fé”. Com o objetivo de homenagear as festas de fé do povo brasileiro, que tiveram o começo de sua tradição com a colonização promovida pelo homem branco, que se miscigenou com os negros e índios.

O multiculturalismo começou a ser representado logo na comissão de frente, com uma ala coreografada sobre o encontro dos jesuítas com os índios no Brasil, retratando a dificuldade que os homens da missão religiosa encontraram neste primeiro contato. A proposta foi mostrar desde esta chegada literal da religião passando pelos momentos de fé do povo brasileiro, como o surgimento de Nossa Senhora de Aparecida e a celebração do Natal.

Quem também chamou atenção no desfile do Tucuruvi foi a bailarina Aline Riscado, rainha de bateria da agremiação pela primeira vez. Toda em dourado, a musa exibiu muito samba no pé e alegria ao defender as cores da agremiação da Zona Norte paulista.

Na representação das festas religiosas, que também abordou tradições do candomblé, a Acadêmicos do Tucuruvi optou por muitas cores e fez questão de explorar as várias religiões seguidas pelo povo brasileiro. Iemanjá, por exemplo, teve um carro dedicado a ela. E a ideia do carnavalesco Wagner Santos, expor a necessidade do povo acreditar mais em Deus, em um sentido de ter mais fé no geral, qualquer que seja a religião, foi bem recebida no Anhembi.

Um detalhe que não passou desapercebido foi a ala das baianas com as passistas em cima de um carro, uma grande inovação na escola de samba e no Carnaval como um todo. Ainda no setor, outro exemplo de criatividade que se destacou foi o costeiro das baianas que não existia e não afetou a caracterização das senhoras.

“Celebrando a Religiosidade: Tucuruvi canta Festas de Fé”

Eu vou comemorar

Na festa da santa cruz

Um dom divino reluz

O índio dono dessa terra

Se encantou

No seio da mãe natureza

Celebrava em comunhão

Miscigenou com gente vinda de além-mar

Odoiá… e tem Xirê

Salve a rainha do mar

No caminho “Padin Ciço”

O círio de Nazaré

Ó Senhora Aparecida

Abençoa quem tem fé

Levanta a poeira do chão… sinhô

Ajeita o laço de fita… sinhá

Entra na roda, Pula Fogueira

Arrasta-pé no balancê a noite inteira

Lá no céu,uma estrela anuncia

Vamos plantar fraternidade

Um brinde à felicidade

Unindo a família, é tempo de amor

Vivendo a paz do redentor

Vai meu samba e me leva a viajar

Na luz desse povo festeiro

Acreditar pra ser feliz

A hora é essa, sou Tucuruvi

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