De portas abertas à cultura, Havana realiza seu primeiro Festival das Artes

  • Por Agencia EFE
  • 10/09/2014 12h08
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Havana, 10 set (EFE).- A capital cubana, a partir de amanhã, quinta-feira, se transformará em um amplo palco para acomodar todas as manifestações artísticas da “Habanarte”, o primeiro Festival das Artes e Cultura Cubana, que apresentará mais de 3 mil artistas em 11 dias de espetáculos e atividades.

Organizado pelo Ministério de Cultura de Cuba, o evento, que traz o lema “toda a arte de uma vez”, exibe uma ambiciosa programação com mais de 1.000 apresentações em 100 espaços diferentes, a começar pelo show do salseiro Isaac Delgado no centro cultural “El Sauce”, que ocorre na próxima sexta-feira e marca a abertura oficial do festival.

“Cuba é um dos poucos países do mundo, talvez o único, que pode garantir que todos seus artistas, de todas as manifestações, se apresentem juntos e em paralelo”, afirmou hoje à Agência Efe o coordenador do “Habanarte”, Roberto Miguel Torres.

Segundo Torres, o festival está dirigido principalmente ao público estrangeiro, mas também prioriza um “diálogo” com os artistas e o público cubano. Trata-se de uma espécie de “portas abertas” à arte cubana, seja em teatros, cinemas, galerias, livrarias, salas de dança, ateliê ou museus.

Os pacotes oferecidos no “Habanarte”, por exemplo, incluem percursos aos estúdios “Areíto”, onde o grupo “Buena Vista Social Clube” costuma gravar seus trabalhos durante os anos 90, e à Escola Nacional de Balé, do Balé Nacional de Cuba, dirigido por Alicia Alonso. Além disso, também haverá trajetos dedicados à arquitetura e ao design, levando em consideração a influência da Art Deco em Havana.

Até o momento, o turismo venezuelano foi o que mais demonstrou interesse no festival, com mais de 1.100 turistas confirmados, embora os organizadores também tenham ressaltado o grande fluxo previsto de americanos, mexicanos e colombianos.

“O evento poderia ter sido muito mais explorado, já que teve uma resposta assombrosa mesmo com pouco tempo”, afirmou Torres, que acredita que o evento tente a “colapsar” os hotéis da capital já na próxima edição.

Além de abrir espaço aos novos artistas, como Descemer Bueno, Kelvis Ochoa e a jovem Laritza Bacallao, o festival também recorre a “figuras de luxo”, como os consagrados Chucho Valdés, Omara Portuondo, Frank Fernández e Pedro Luis Ferrer. Isso sem falar nos grupos e orquestras.

Somado aos músicos e dançarinos, o festival incluirá oficinas de jazz e percussão, conferências, projeções de filmes cubanos, apresentações de livros, exposições individuais e coletivas de diferentes tendências e visitas a ateliês de 15 artistas plásticos contemporâneos.

O Circo Nacional de Cuba e várias companhias teatrais do país também anunciaram apresentações. “Veremos a cultura cubana por outra perspectiva”, resumiu Torres. EFE

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