Diversidade é o charme surpreendente do salão Paris Photo
María Luisa Gaspar.
Paris, 13 nov (EFE).- A diversidade de épocas, temas, técnicas, artistas, galerias e países marca a 18ª edição do primeiro salão mundial de fotografia, o Paris Photo, que abre suas portas nesta quinta-feira com a expectativa de receber 60 mil visitantes.
A variedade está “na procedência dos artistas, que não são sempre unicamente fotógrafos, mas às vezes utilizam o meio e o incorporam a outros processos”, destacou o diretor da feira, Julien Frydman, em entrevista à Agência Efe.
Ex-colaborador do ministro socialista de Cultura, Jack Lang, e ex-diretor-geral da agência Magnum Photos Paris para Europa e Emirados Árabes Unidos, Frydman iniciou em 2011 uma abertura do salão à arte não só fotográfica, e acredita que agora o evento “chegou à maturidade e se transformou em algo natural”.
O visitante poderá construir sua própria ideia desta evolução até o próximo dia 16, ao visitar os 169 estandes de alguns dos melhores e mais poderosos editores, livreiros e galeristas de 35 países.
Com números tão imponentes, Frydman disse com toda simplicidade que “essa é a melhor feira de fotografia e a mais importante do mundo”.
“A segunda tem 80 expositores, é duas vezes menor e concorre com a feira que lançamos em Los Angeles há dois anos”, cuja terceira edição acontecerá em maio do ano que vem.
Os preços das obras agora expostas em Paris, que vão desde os primórdios da fotografia no século XIX até as últimas vanguardas, oscilam entre cem e um milhão e meio de euros.
Diferencial único em uma feira internacional, a participação estrangeira é majoritária, e das 143 galerias selecionadas (oito a mais que em 2013), 45 são francesas, 29 dos Estados Unidos, 17 da Alemanha e dez do Reino Unido.
Dez países participam pela primeira vez do salão montado no Grand Palais: Brasil, Arábia Saudita, Austrália, Chile, China, Grécia, Irã, Taiwan, Tunísia e Turquia, junto com outros habitués como Suíça, Holanda, Rússia, Itália, Áustria, Dinamarca, Canadá, Austrália, África do Sul, Japão, Hungria e Polônia.
A estreia brasileira é do studio Madalena, de São Paulo, na seção Editores/Livreiros.
Uma das seções estelares do Paris Photo é dedicada a América Latina, e mostra as últimas aquisições do Museum of Modern Art de Nova York.
Frydam atribuiu isso a uma mudança de visão. “Grandes museus e colecionadores de repente se deram conta de que a América Latina era um território virgem”.
Uma multiplicidade de fatores permitiu este descobrimento. Entre eles, o diretor do salão citou o crescimento de alguns de países, que permitiu revalorizar alguns artistas; a existência de colecionadores importantes e a recente exposição dedicada à foto latino-americana na Fundação Cartier de Paris. EFE
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