Drag queen trabalha apresentações artísticas como ato político contra preconceito

  • Por Agencia Brasil
  • 23/05/2014 13h12

Participante da Teia da Diversidade que acontece em Natal (RN) até o dia 24 de maio, Cassandra começou sua vida artística como bailarina e há 15 anos se apresenta como drag  queen. “Desde 2006 quando comecei a trabalhar com shows mudou muito minha cabeça”, conta em entrevista ao repórter Thiago Regotto, que apresenta um programa ao vivo direto da Teia nas Rádios MEC EBC das 18 às 19h.

Durante esse tempo se apresentando Cassandra sentiu a diferença entre se apresentar para públicos LGBT e hétero. No segundo caso, percebeu muitas vezes o preconceito. “Você chega, as pessoas estão de braços cruzados, você está lá como uma palhaça risos]… só que de luxo. Você está lá pra fazer as pessoas rirem, pra divertir as pessoas, pra ser um entretenimento e aí você encontra já uma barreira muito grande de preconteito”.

Cassandra aprendeu a lidar com esse tipo de situação ao considerar um componente polítco em suas apresentações que é trabalhar o estranhamento como um elemento artístico. “É minha escolha e eu entendo que é esse o papel que eu quero como artista. Quando eu vou a uma festa, a um evento, não é só a figura da personagem. É uma postura política, é um ato político. Eu gosto do estranhamento”.

Confira a entrevista:
 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.