Emocionante! Na última nota, Tatuapé surpreende e vence Carnaval pela 1ª vez

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2017 18h01
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Acadêmicos do Tatuapé procurou exaltar a cultura e o povo africano EFE Acadêmicos do Tatuapé exalta a cultura e o povo africano

Mais emocionante, impossível. Em uma das apurações mais incríveis de todos os tempos, a Acadêmicos do Tatuapé fez história e conquistou pela primeira vez o título do Carnaval de São Paulo. A decisão foi conhecida apenas na leitura das últimas notas, concedidas pelo jurado Julio Lemos no quesito samba-enredo.

A virada da Acadêmicos do Tatuapé foi uma das mais impressionantes da história.

A escola da Zona Leste de São Paulo chegou ao último quesito com apenas um décimo de desvantagem para a então líder, Dragões da Real, mas viu a agremiação tricolor tirar duas notas 10 nas duas primeiras avaliações de samba-enredo. Como a menor nota do quesito seria descartada, bastava mais um 10 nos dois julgamentos seguintes para que a Dragões ganhasse o título.

Não aconteceu.

Enquanto a Tatuapé “gabaritou” o quesito, a Dragões vacilou e acumulou dois 9,9 seguidos nas duas últimas avaliações da apuração. Foi o bastante para que as escolas empatassem em pontos (269,7), e o título ficasse com a Tatuapé graças ao primeiro critério de desempate: maior número de pontos em samba-enredo.

O título coroou o excelente desfile feito pela Tatuapé na madrugada do último sábado. Vice-campeã em 2016, a escola fundada há 64 anos fez apresentação quase impecável e venceu o Carnaval pela primeira vez após exaltar o povo africano, sua cultura e seus deuses.

Além da Acadêmicos do Tatuapé e da Dragões da Real, vão participar do desfile das campeãs: Vai-Vai (3ª), Império de Casa Verde (4ª) e Rosas de Ouro (5ª)

Por sua vez, Águia de Ouro (13º) e Nenê de Vila Matilde (14º) somaram as piores notas do ano e vão desfilar no Grupo de Acesso em 2018.

O desfile campeão

Com o samba-enredo “Mãe África conta sua história: do berço sagrado da humanidade ao abençoado Menino da Terra de Ouro”, a Acadêmicos do Tatuapé foi a quarta agremiação a desfilar no Sambódromo do Anhembi na madrugada do último sábado.

Motivada pelo surpreendente desempenho de 2016, quando fora vice-campeã, a escola da Zona Leste de São Paulo investiu nas alegorias e fantasias para brigar pelo título. Desfilando com 3200 componentes, a Acadêmicos do Tatuapé procurou exaltar a cultura e o povo africano, encantando o público.

A bateria da agremiação, composta por 214 integrantes e comandada por Mestre Higor, chamou a atenção pelo ritmo e harmonia. As paradas realizadas pela bateria ajudaram a ressaltar o samba-enredo, que foi interpretado por Celsinho Mody, eleito o melhor puxador de samba de São Paulo no último Carnaval.

Entre os destaques da Acadêmicos do Tatuapé estavam Leci Brandão, madrinha da agremiação, que caminhou à frente da escola, e a modelo Sabrina Boing Boing, que agitou a torcida durante sua passagem pelo Sambódromo do Anhembi.

A agremiação não enfrentou problemas para entrar e sair da passarela do samba. O desfile ficou dentro do tempo determinado (61 minutos), para a alegria da diretoria da Acadêmicos do Tatuapé, que comemorou bastante após o fechamento do portão.

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