Encontro discute o impacto de grandes intervenções no patrimônio fluminense
Pelo quarto ano consecutivo, várias instituições científicas e culturais do estado do Rio de Janeiro encontram-se para promover a Semana Fluminense do Patrimônio. O evento foi aberto no início da noite de hoje (12), no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), no centro do Rio, com uma mesa-redonda sobre o tema geral desta 4ª edição, Patrimônio Cultural e Grandes Intervenções.
A programação é extensa em diversos municípios do estado, mas o principal fórum de discussão é o 4º Encontro do Patrimônio Fluminense, que ocorre de amanhã (13) até sexta-feira (15) na Casa da Cultura de Paraty, na região da Costa Verde, litoral sul do estado. Tombada em 1958 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Monumento Nacional, Paraty foi escolhida como cidade-sede da quarta edição do encontro por sofrer durante todo o ano os impactos decorrentes de inúmeros eventos e por estar localizada em região afetada por grandes intervenções.
“Além das obras viárias, que alteram o habitat natural, que é característico da região da Costa Verde, podemos destacar os investimentos decorrentes do pré-sal da Bacia de Santos, que têm impacto na região”, diz a arquiteta Cristina Coelho, da comissão de organização da Semana Fluminense do Patrimônio. “Além disso, muitos dos constantes eventos que Paraty abriga se utilizam da cidade apenas como cenário, impactando em grande medida a vida local”, diz Cristina, do Departamento de Patrimônio Histórico da Casa de Oswaldo Cruz, uma das instituições culturais organizadoras do encontro.
Também faz parte da programação o concurso cultural Olhares sobre o Patrimônio Fluminense, que oferece prêmios a trabalhos de fotografia e poesia nas categorias infanto-juvenil (11 a 17 anos) e adulto (a partir de 18 anos).Os vencedores serão anunciados na sexta-feira.
Além de promover a valorização do patrimônio natural e cultural fluminense, o evento tem como objetivo ampliar o conhecimento da população sobre esse patrimônio. Na primeira edição, em 2011, a cidade-sede foi o Rio de Janeiro, e nas seguintes, duas cidades notáveis por seu patrimônio histórico e arquitetônico: Vassouras, na região centro-sul, e Petrópolis, na região serrana.
O mês de agosto foi escolhido para o evento por causa do Dia Nacional do Patrimônio Cultural, comemorado no próximo domingo (17). Nesta data nasceu, em 1898, Rodrigo Melo Franco de Andrade, fundador e presidente durante três décadas do Iphan.
Editor Fábio Massalli
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