Estrelas esbanjam estilo e elegância no tapete vermelho do Met, em Nova York
Mateo Sancho Cardiel.
Nova York, 4 mai (EFE).- A livre interpretação do “dress code” de temática chinesa para a festa de gala do Metropolitan, considerado o “tapete vermelho do ano”, foi marcada de momentos impactantes, como o dragão de fogo no adorno de Sarah Jessica Parker ou no vestido imperial amarelo e interminável de Rihanna.
“China: Através do Espelho” é a exposição do museu Metropolitan dirigida por Ana Wintour. E mais uma vez a festa beneficente, a que mais monopoliza os flashes em Nova York todos os anos, foi uma batalha campal para encontrar o “look” de maior destaque.
Sarah Jessica Parker incendiou as redes sociais não tanto pela escolha de seu vestido, desenhado por ela para a marca H&M, mas sim pelo adorno em sua cabeça: uma espécie de cocar em chamas vermelhas de Philip Treacy, o mesmo que já havia feito há dois anos um acessório semelhante para a atriz.
Porém, após a morte de Oscar de la Renta, que frequentemente vestia a considerada quintessência da moda nova-iorquina também pareceu ter perdido soldados.
Não só por ser vítima da autopromoção, mas porque as estrelas emergentes surgiram com força, mas não necessariamente no gosto, nos eventos sociais mais cotados da “Big Apple”.
Jennifer Lawrence, madrinha do evento, foi uma das primeiras a chegar com um vestido “cut out” da Dior. Sofisticação no vestir e descuido com os cabelos, mais em consonância com seu bom humor.
Mas faltou-lhe algo para participar da competição algo opaca e na qual, como quase sempre, as que mais acertaram foram as que evitaram o “leitmotiv” chinês ou o abordaram em cada detalhe.
A Givenchy foi representada por um trio de estrelas: Julliane Moore, de negro e com um sutiã geométrico, levou o título de mais elegante. Amanda Seyfried, de branco com pescoço halter, e Jessica Chastain, fiel ao dourado com um corte de sereia, também se destacaram pela discrição.
Pelo lado contrário, destoaram sem poder e sem querer evitar as novas estrelas: Miley Cyrus, criticada pela temática punk há dois anos, usando um colar de tachinhas, e Lady Gaga, que fez um mescla entre a dinastia imperial, um corte diferenciado e um grande decote.
Madonna e Kate Perry chegaram ambas de braços dados com Jeremy Scott, o estilista mais pop do momento. Usou a estética grafite para ambas (uma guinada à arte caligráfica?), mais contida no vestido de Madonna, com o nome de seu último álbum, “Rebel Heart.
Uma das últimas a chegar, com um toque de realeza das grandes divas, Rihanna estava com um vestido de cauda interminável que a transformou, como em sua própria música, em uma “Princess of China” (Princesa da China), criado pelo desenhista chinês Guo Pei. Um acerto em seu exagero.
É o que pode se dizer de uma noite na qual Cher foi uma das únicas que trouxe um pouco de sanidade pelas mãos de Marc Jacobs.
Kim Kardashian, vestida de Roberto Cavalli em um vestido que marcava suas curvas; Katie Holmes recuperou o “look Chicago” com Zac Posem; ou uma Anne Hathaway em outra galáxia, literalmente, com seu Ralph Lauren dourado, seguiram sem dar coerência ao tapete vermelho.
E tudo isso começou com um jardim no qual cresciam todo o tipo de flores: no vestido Chanel da organizadora do evento, Anna Wintour. Poppy Delevingne também apostou no floral, assinado por Marchesa.
Depois chegaram Grace Coddington e Georgia May Jagger com o que todos atribuíam há poucos anos à moda chinesa: o pijama.
No encerramento, as atenções foram para os casais. Diane Kruger e Joshua Jackson foram os primeiros preencher o tapete vermelho de amor e cumplicidade, ela com um arriscado Chanel.
Depois, chegaram os mais desejados: George e Amal Clooney, esbanjando elegância. Ela, também em vermelho, em um tomara que caia assinado por Maison Margiela.
Claire Danes, com um Valentino negro, e Uma Thurman, com um vestido branco que exibia seu “corpaço”, completaram a noite, uma lição de elegância extrema e fidelidade à moda. Que comece a festa! EFE
msc/lvl
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