“Eu amo a mulher, não ser”, diz ator Thammy Miranda em entrevista

  • Por Jovem Pan
  • 06/09/2015 17h08

Thammy não se arrepende de ensaios sensuais

Reprodução/Instagram Thammy não se arrepende de ensaios sensuais

Prestes a lançar sua biografia, em que conta a história de sua sexualidade, o ator Thammy Miranda deu várias declarações marcantes ao jornal carioca “Meia Hora”. Em entrevista para a publicação, ele contou inclusive que, se tivesse se assumido com transexual hoje em dia, teria sido mais fácil do que há alguns anos atrás.

“Ia ser mais fácil. Talvez eu teria descoberto o que era transexualidade muito antes, mas é o tempo que tem que ser, e hoje, graças a Deus, a gente tem essa voz. A gente pode ter meu livro pra explicar muita coisa para tantas pessoas, pode ter outros transexuais na televisão, fazendo palestras e falando sobre isso para que outras pessoas entendam. Então, acho que o tempo certo não existe, é o tempo de Deus”, disse o ator.

Ainda de acordo com Thammy, a transformação pela qual passou desde assumir a transexualidade vai muito além da aparência física. Odiava ser mulher e tudo que trazia a feminilidade. Eu amo a mulher, não ser”, desabafou o ator. Ele, apesar da seriedade do tema, aproveitou para mostrar que leva o assunto sempre com bom humor: “bom, estou indo no [banheiro] masculino, mas se o feminino estiver mais vazio, vou lá mesmo (risos)”, brincou.

Ainda no bate-papo, Thammy desabafou sobre a reação de sua mãe, a cantora Gretchen. Na época em que decidiu assumir, não teve o apoio da rainha do bumbum e, hoje em dia, o ator diz que consegue compreender melhor como sua mãe via a questão.

“Torna o momento muito mais difícil do que deveria ser. Você não ter o apoio de quem você mais ama dói, mas fez parte do meu amadurecimento e só entendo isso hoje. Por isso quis fazer o livro, para que os pais possam entender logo o que acontece e os filhos não terem que passar pelo que eu passei”, desabafou o ator, que ainda disse não se arrepender de ter feitos ensaios sensuais para tentar se aproximar da mãe.

“Faria tudo de novo pra ficar perto dela, mas acho que pediria para ser da produção, porque não teria que dançar e vestir aquelas roupas”, disse. “Se não fosse essa questão de querer estar perto, acho que eu poderia ter tomado um outro rumo, estudado para uma outra profissão”, acrescentou.

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