Exposição de Massimo Listri exalta arquitetura brasileira em Roma
Roma, 30 abr (EFE).- O fotógrafo florentino Massimo Listri inaugura nesta quarta-feira uma exposição que reúne 20 imagens ligadas à arquitetura brasileira, a qual ocupará o embaixada do Brasil em Roma.
A arquitetura clássica e moderna do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília se encontram em uma mostra de imagens de grande proporção, dividas nas duas salas da Galeria Cândido Portinari do Palácio Pamphili, onde se encontra a embaixada.
“Naturalmente, este estilo manuelino é muito curioso para mim porque estou acostumado a fotografar espaços renascentistas e barrocos, e aqui, por outro lado, vejo uma arquitetura que é pouco habitual. Mas o espaço é sempre o mesmo: três ou quatro paredes”, declarou à Agência Efe o próprio fotógrafo.
A expressividade e o cromatismo alcançam seu máximo expoente nas imagens presentes na primeira sala, onde Listri retrata, com uma sucessão de “frames” diferentes e contraditórios, ambientes ricos em detalhes, buscando através da imagem uma partitura harmônica e ao mesmo tempo desafinada, próximo à “bossa nova”.
O estilo arcaico de edifícios como o Gabinete de Leitura da Biblioteca Real do Rio de Janeiro compartilha protagonismo na primeira sala com o barroco da igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, de Belo Horizonte, ou a luminosidade da Igreja da Candelária, também no Rio de Janeiro.
“É um Brasil insólito porque poucos conhecem este Brasil barroco e este Brasil contemporâneo. Trata-se de um Brasil de interiores arquitetônicos, e não o Brasil que todos conhecemos, naturalista, da floresta amazônica, do futebol, das meninas bonitas e do carnaval”, completou o fotografo.
Na segunda parte da mostra, as fotografias parecem brincar com as perspectivas, como a da Estação Leopoldina do Rio de Janeiro e a do Auditório Ibirapuera, em São Paulo, e explorar a essência minimalista da arquitetura moderna brasileira em contraste com os estereótipos da sensualidade tropical.
A exposição, intitulada “Brasile, mostra fotográfica di Massimo Listri”, estará aberta ao público até o dia 30 de maio. EFE
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