Exposição destaca contribuição de naturalistas alemães para a ciência no Brasil

  • Por Agencia Brasil
  • 21/03/2014 20h42
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No século 19, dois naturalistas alemães que emigraram para o Brasil deram importante contribuição para o desenvolvimento da ciência no país adotivo e ao trabalho de um renomado colega britânico, Charles Darwin (1809-1882), autor da teoria da evolução das espécias. A trajetória dos irmãos e cientistas Fritz e Hermann Müller pode ser vista pelo público na exposição Fritz Müller – O Príncipe dos Observadores, aberta hoje (21) no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro, como parte da programação do Ano da Alemanha no Brasil.

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A mostra integra o evento Fritz e Hemann Müller – Alemanha e Brasil na Consolidação do Darwinismo, que conta ainda com um colóquio científico e um workshop virtual. Fritz (1822-1897) e Hermann (1829-1883) Müller foram grandes observadores da natureza, que mantiveram intensa correspondência e troca de material com Charles Darwin, inserindo, com suas pesquisas, o Brasil e Alemanha no contexto da consolidação e popularização da teoria do cientista britânico.

Formado em matemática e medicina na Alemanha, Fritz Müller emigrou para o Brasil em 1852, juntamente com outros alemães descontentes com a situação política e econômica em sua terra natal. Instalado na então Colônia Blumenau, em Santa Catarina, deu início às pesquisas que tinham como método científico a observação e como objeto de estudo as espécies da Mata Atlântica.

“Fritz Müller foi um homem brilhante. Sem qualquer recurso, ele estudou e interpretou os fenômenos da natureza sem fazer qualquer coleta. Ele preferia estudar os seres vivos no seu próprio ambiente”, explicou Christian Westerkamp, professor da Universidade Federal do Cariri (CE) e assessor da exposição.

Segundo Westerkamp, além de reforçar, com seus experimentos, as teorias de Darwin, o pesquisador, que acabou se naturalizando brasileiro, fundou as bases da biologia no Brasil e procurou divulgar as suas descobertas junto ao público leigo. “Fritz sempre se preocupou em entender a natureza, e não em ficar famoso. Esta é uma das razões de o Brasil ainda desconhecer esse fantástico cientista”, disse.

Além de painéis explicativos, a mostra, produzida pelo Instituto Martius-Staden, conta com fotos e material coletados pelos irmãos Müller e obras artísticas relacionadas aos dois naturalistas. O catálogo virtual pode ser acessado no endereço eletrônico http://issuu.com/martiusstaden/docs/catalogo_fritz_web.

A exposição Fritz Müller – O Príncipe dos Observadores fica em cartaz até 21 de abril e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, e às segundas-feiras, das 12h às 17h. O ingressos custam R$ 6, a inteira, e R$ 3, a meia entrada. Crianças até 5 anos e portadores de necessidades especiais não pagam.

 

Editor: Stênio Ribeiro

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