Exposição Obsessão Infinita, de Yayoi Kusama, chega a Brasília
Sucesso de público no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) no Rio de Janeiro, com 750 mil visitantes, durante pouco mais de três meses, a exposição Obsessão Infinita, que marca a estreia da japonesa Yayoi Kusama no Brasil, chega ao CCBB de Brasília na próxima quarta-feira (19).
Yayoi Kusama, de 84 anos, é uma das mais importantes artistas japonesas ainda em atividade. Ela vive, por vontade própria, em uma clínica psiquiátrica em Tóquio desde 1977, onde cria e produz suas obras. A marca registrada de Yayoi é a figura da bola. Serão apresentados cerca de 100 trabalhos entre pinturas, trabalhos em papel, esculturas, vídeos, apresentação de slides e instalações, que cobrem o período de 1949 a 2012.
Segundo um dos curadores da mostra, Philip Larratt-Smith, o trabalho de Yayoi é uma autêntica expressão de sua condição psicológica única: ela sofre de transtorno obsessivo-compulsivo e de alucinações. “As bolinhas são a sua assinatura porque são as que melhor representam esses estados mentais. Fiquei surpreso e feliz com o grande público no Rio e espero que o sucesso se repita em Brasília. Observei que a exposição inspirou grande alegria nos visitantes”, disse.
A artista nasceu na cidade de Matsumoto, no Japão, em 1929. Começou a produzir seus trabalhos poéticos em papel nos anos 1940, antes de iniciar sua celebrada série Infinity Net (Rede Infinita), no final dos anos 1950. Essas pinturas são caracterizadas pela repetição obsessiva de pequenos arcos pintados, aglutinados em padrões rítmicos maiores.
A mudança para Nova York, em 1957, foi um divisor de águas para a artista. Foi nessa época que entrou em contato com artistas como Andy Warhol. Ali começou a fazer performances que lhe renderam notoriedade. Em 1973, Yayoi retornou ao Japão e, desde 1977, vive em uma instituição psiquiátrica.
Produzida, em sua edição brasileira, pelo Instituto Tomie Ohtake, em parceria com o estúdio da artista, a mostra tem curadoria de Philip Larratt-Smith (curador do Malba – Fundación Constantini, Buenos Aires) e de Frances Morris (curadora da retrospectiva de Yayoi na Tate Modern de Londres). A exposição fica em cartaz até 28 de abril, de quarta a segunda-feira, das 9h às 21h.
Editor Talita Cavalcante
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