Faltam minorias raciais, gays e mulheres em Hollywood, aponta estudo

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2016 12h42
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MIA33 HOLLYWOOD (CA, EEUU), 18/2/2016.- Vista de un ejemplo del sobre que contiene la información sobre los ganadores de la la 88 edición de los Óscar y que fue mostrado durante la presentación hoy, jueves 18 de febrero de 2016, del menú y la decoración de este año del Governor's Ball, el evento al que acudirán unos 1.500 invitados, entre ganadores, nominados, presentadores y otros participantes de la 88 edición de los Óscar. Diez kilos de caviar, 7.500 gambas, 6.500 panecillos con forma de estatuilla dorada, 1.000 pinzas de cangrejo, 1.300 ostras, 400 pizzas, 300 langostas, 160 kilos de salmón, 50 pargos y 20 rodaballos forman parte del menú de la fiesta oficial de la Academia posterior a los Óscar, a cargo, de nuevo, del chef austríaco Wolfgang Puck. EFE/ARMANDO ARORIZO EFE Oscar

 Jade Smith, Idris Elba e Spike Lee são alguns dos nomes da indústria cinematográfica que tornaram pública sua insatisfação com a ausência de diversidade na cerimônia do Oscar, que ocorre no domingo (28/02). Eles afirmaram que implorar por reconhecimento é diminuir sua dignidade e lembraram que os talentos não florescem sem a oportunidade.

Se até aqui, ainda tem gente que pode tratar como “mimimi” o apelo por maior representatividade na indústria cultural, um estudo elaborado pela Escola Annemberg de Jornalismo e Comunicação da Universidade do Sul da Califórnia comprova que a indignação é legítima.

Depois de analisar 414 produções audiovisuais, incluindo filmes e séries de TV, exibidos entre 2014 e 2015, os pesquisadores perceberam que faltam representantes de minorias raciais, de gays e até mesmo de mulheres na frente e também atrás das câmeras.

Se nos filmes nem 29% dos papéis com diálogo são femininos, essa discriminação fica ainda maior na medida em que aumenta a idade das personagens: 3 em cada 4 papéis para maiores de 40 anos foram para os homens. Quando o assunto é raça, só 28% dos personagens não eram brancos.

Aqui no Brasil, o Professor de Cinema da Fundação Alvares Penteado, Andre Fratti Costa, analisa a questão da mesma forma. Ele lembra que a ausência de diversidade nas indicações pro Oscar é um reflexo da preponderância de homens brancos até mesmo nas temáticas retratadas: “A gente vê que há uma ausência na indústria cinematográfica de investimento em temáticas, em filmes com situações que representam temas e questões de comunidades e minorias, então infelizmente os atores não vão estar representados também na eleição. Na própria produção do filme esses atores também não encontram lugar”.

Corroboram com este ponto de vista os dados que se referem àqueles profissionais que estão do lado de trás das câmeras. Apenas 3% dos roteiristas são mulheres e 87% dos diretores de filmes são brancos. Ou seja, se a indústria não mudar como um todo, dificilmente a cerimônia de 2017 será muito diferente daquela que iremos acompanhar este domingo.

Informações de Helen Braun

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