Brad Pitt é condenado a pagar 565 mil euros por fazer empresa francesa falir

  • Por Agência EFE
  • 18/08/2017 10h24
Reprodução Reprodução A decisão foi tomada em abril, mas revelada só agora

O ator Brad Pitt foi condenado em Paris a pagar 565 mil euros à artista plástica francesa Odile Soudant por causa de um pagamento que ele não fez e que provocou a quebra da empresa dela, uma decisão judicial de 19 de abril revelada nesta quinta-feira pelo jornal “Libération”.

Em 2008, o astro adquiriu o Chateau Miraval, na Provença, no sudeste da França, com Angeline Jolie, com quem foi casado. Segundo o “Libération”, o casal desembolsou US$ 45 milhões de euros (R$ 166 milhões) através de “uma escusa empresa de fachada luxemburguesa” encarregada da gestão da propriedade.

Grande apaixonado por arquitetura, Pitt começou a remodelar a mansão pouco depois da compra e em 2010 entrou em contato com Odile, conhecida por ter trabalhado junto ao célebre arquiteto Jean Nouvel, para fazer a parte da iluminação.

Os trabalhos de reforma aconteceram sem problemas por três anos até que o ator se interessou pelos altos gastos e pelos recorrentes atrasos. De acordo com o jornal, a empresa de Luxemburgo culpou Odile e então que o ator deu ordens para suspender os pagamentos à empresa da francesa, cuja faturamento dependia em quase 70% das obras na mansão.

“As minhas contas bancárias estão no limite. Não posso mais utilizar o meu cartão de crédito e a minha empresa a ponto de quebrar. Não peço que pague tudo, mas pelo menos uma parte”, advertiu ela ao ator antes de a empresa falir.

Após três anos de batalha legal, a Justiça francesa deu razão à artistas plástica ao afirmar que os atrasos não eram atribuíveis somente a ela. A decisão, no entanto, não representa o fim do litígio entre os dois, já que a artista acredita que Pitt tem se apropriado ilicitamente dos seus direitos de autor, pois exige como própria a concessão da iluminação dos cômodos, enquanto ela considera que a obra é uma criação original e exclusiva, protegida por lei.

Uma possibilidade que os advogados do ator rejeitam afirmando que a mansão é um lugar “privado” onde não se aplica este regulamento, mas que a defesa da artista diz que ele utilizou a iluminação como cenário para uma campanha da marca Guerlain.

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