Após declaração polêmica, Paulo Coelho pede para não ‘cancelarem’ Raul Seixas
Os nomes de Paulo Coelho e Raul Seixas figuraram entre os assuntos mais comentados do Twitter nesta quarta-feira (23) e tudo começou com uma declaração polêmica do autor de “O Alquimista”: a de que o cantor o teria entregado para a ditadura militar.
Nesta manhã, ao compartilhar uma matéria sobre o livro “Não diga que a canção está perdida”, do jornalista Jotabê Medeiros sobre Raul, Coelho escreveu: “Fiquei quieto por 45 anos. Achei que levava segredo para o túmulo.”
O comentário logo repercutiu, já que a dupla era conhecida por uma longa e duradoura amizade, mas que foi interrompida por muitos anos até a famosa reconciliação durante um show de Raul.
No livro, Medeiros cita documentos que sugerem a colaboração do cantor com os militares após comparecer ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), em 1978. Um dia após o depoimento de Raul às autoridades, a namorada de Paulo Coelho, Adalgisa Rios, foi presa. O autor foi detido na mesma semana e torturado por duas semanas.
Após a repercussão nas redes sociais, um usuário do Twitter escreveu: “Raul Seixas CANCELADO”, gíria que implica no “esquecimento” de um artista.
Repostando a frase, Coelho pediu o contrário. “Não faça isso. Eu vi os documentos que Jotabê me enviou, já tinha conversado com Raul a esse respeito (um dia que ele estava, digamos…) e águas passadas não movem moinhos.”
Não faça isso. Eu vi os documentos que Jotabê me enviou, já tinha conversado com Raul a esse respeito (um dia que ele estava, digamos…) e águas passadas não movem moinhos https://t.co/2KoaUeQeUb
— Paulo Coelho (@paulocoelho) October 23, 2019
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