Sem trabalhar há 100 dias, Valesca Popozuda critica ‘mega lives’

Funkeira também direcionou desabafo àqueles que não respeitam a quarentena e querem retomar à vida normal mesmo com centenas de pessoas morrendo diariamente

  • Por Jovem Pan
  • 24/06/2020 13h41
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Johnny Drum/Jovem Pan Cantora fez desabafo nas redes sociais nesta quarta-feira (24)

A cantora Valesca Popozuda fez um desabafo sincero no Twitter nesta quarta-feira (24). Sem trabalhar há 100 dias, a funkeira criticou a atitude dos artistas que fazem “mega lives” com grande número de pessoas envolvidas, e também quem não respeita a quarentena. Mais de 50 mil brasileiros já morreram em decorrência do novo coronavírus.

“Estou há 100 dias sem trabalhar, sou autônomo como muitos! Minha empresa sou eu! Meu setor é um dos mais prejudicados, diferentes de alguns colegas de trabalho eu não tenho empresa pra financiar uma live e me pagar por isso, continuo sem furar o isolamento”, escreveu.

Valesca disse que segue respeitando a quarentena e, sem patrocínio, não tem que como produzir lives. “Eu sigo aqui de casa, olho todo dia o jornal na esperança que a vacina seja logo lançada, até porque aqui no Brasil já era… Infelizmente não soubemos fazer isolamento, o vírus matou mais de 50 mil e não temos um plano efetivo que funcione”, completou.

A cantora agradeceu aos fãs pela visibilidade que tem na mídia, mas sugeriu que grandes empresas e artistas apoiem os pequenos, além dos profissionais autônomos.

“As grandes empresas ou até mesmo os grandes artistas poderiam também dar a chance e patrocinar lives de outros artistas. Não estou nem falando só de mim, temos atores de teatro parados, temos músicos, temos carregadores de equipamento, produtores! Tá todo mundo parado”, apontou Valesca.

 

Por fim, a cantora admitiu que chorou escrevendo a publicação, já que muitas pessoas estão retomando à normalidade mesmo com a pandemia ainda matando diariamente centenas de pessoas.

“Não vamos ser cegos, nosso país infelizmente só volta ao ‘normal’ quando a vacina estiver 90% aplicada por aqui porque até lá vai morrer muita gente , muitos vão continuar furando e outros fingindo que é apenas uma ‘gripezinha'”.

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