Wagner Moura critica cobrança por posicionamento político de artistas: ‘Não é pra todo mundo’

Ator revela que já enfrentou críticas ao manifestar sua ideologia, mas destaca que respeita os colegas que preferem não se pronunciar

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2025 18h37
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EFE/EPA/ANDREAS BECKER Ator Wagner Moura discursa após receber o prêmio Golden Eye no Festival de Cinema de Zurique Ator Wagner Moura discursa após receber o prêmio Golden Eye no Festival de Cinema de Zurique

Wagner Moura declarou em entrevista ao jornal O Globo que é contrário à pressão exercida sobre artistas para que se manifestem publicamente em questões políticas. O ator, conhecido por assumir posições de esquerda, afirmou que essa cobrança não deveria ser obrigatória para todos. Segundo Moura, o custo de se posicionar pode ser alto, já que muitas vezes há reações negativas nas redes sociais. “Tenho resistência à cobrança para que artistas se posicionem. Ninguém tem que falar, porque, quando fala, tem que segurar o rojão. Não é pra todo mundo”, disse.

Na semana passada, o protagonista de “O Agente Secreto” participou de um ato em Salvador contra as chamadas PECs da Blindagem e da Anistia. Ele subiu em um trio elétrico e chegou a cantar ao lado de Daniela Mercury. O ator contou já ter enfrentado críticas ao manifestar sua ideologia, mas destacou que respeita os colegas que preferem não se pronunciar.

Wagner Moura também falou sobre a relação entre arte e política. Para ele, toda obra artística carrega um aspecto político, ainda que não seja a intenção inicial. “Vamos bulir com alguma coisa dentro de você, transformar, fazer pensar. Isso é política no meu jeito de ver. Todos os meus personagens são eu, as minhas emoções, como vejo as coisas. O que a gente vê na arte não é política. Ela está por trás”, afirmou.

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Ele ainda acrescentou que a identificação com o humano deve vir antes da leitura política. “Se me ponho vulnerável, se me exponho de forma que a pessoa consegue se ver, começa o jogo. Ela vai ver, a partir desse caminho, os aspectos políticos, tudo que vem depois. Primeiro tem que ter a gente, senão vira uma coisa chata de gente falando de política”.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Nícolas Robert

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