Festival de Locarno na Suíça tem seção para promover filmes latino-americanos
Genebra, 4 ago (EFE).- A 68ª edição do Festival de Cinema de Locarno começa amanhã, quarta-feira, na Piazza Grande da cidade homônima da Suíça, e durante dez dias apresentará 179 longas-metragens e 87 curtas-metragens produzidos em 50 países.
A seção “Match Me”, uma plataforma informal de contatos entre agentes, distribuidores, críticos e diretores, se centrará no trabalho de produtores latino-americanos e na possibilidade de promover seu trabalho com a ajuda de produtores.
14 representantes de Brasil, Chile, Colômbia e México, entre os que destacam antigos agraciados no festival, como a brasileira Tatiana Leite, Oscar Ruiz Navoa, além de Gustavo Rosa de Moura e Juan Ignacio Sabatini.
De todos os filmes do festival, 19 obras foram selecionadas para disputar a competição principal, entre os que destacam o belga “Não Home”, de Chantal Akerman; “Cosmos”, de Andrzej Zulawski, e “Right Now, Wrong Then”, do sul-coreano Hong Sangsoo. Também o filme coletivo “Heimatland”, realizado por dez jovens diretores e diretoras suíços, que narra como a Suíça enfrentaria as conseqüências de uma catástrofe.
Paralelamente haverá outras duas competições, 12 seções e 25 prêmios individuais.
Todos os anos o festival faz uma grande retrospectiva, e em 2015 ela será dedicada ao diretor americano Sam Peckinpah (1925-1984).
A atriz americana Meryl Streep era esperada para a première mundial de seu último filme, “Ricki and the Flash: de volta para casa”, mas ela cancelou sua participação. No entanto, estarão presentes Andy García, que receberá o “Leopard Clube Award”, e Edward Norton, agraciado com o “Excellence Award Moêt & Chandon”.
Mas como sempre, Locarno não estará focado nas estrelas de Hollywood. Seu olhar estará voltado para outros horizontes, como o brasileiro “Heliopolis”, (2011), de Sérgio Machado e protagonizado por Lázaro Ramos; o indiano “Bombay Velvet” (2015), e a obra da produtora japonesa Office Kitano, que apresentará alguns de seus filmes, como “Hana-bi” (1997) e “Dolls”, (2002), do próprio Takeshi Kitano, e “Unknown Pleasures” (2002), de Jia Zhangke.
Uma novidade deste ano é a apresentação da Aliança para o Desenvolvimento (AFD) para ajudar a produzir projetos de Alemanha, França, Itália e Suíça, graças à cooperação entre os fundos de desenvolvimento cinematográfico desses países.
Entre os dias 8 e 10, os representantes da AFD estarão presentes no festival para conhecer projetos e fechar acordos. A Aliança já anunciou que está pronta para se abrir a profissionais e a projetos de outros países que considerarem interessantes. EFE
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