Festival mistura música eletrônica e fantasia dos contos de fadas

  • Por Agencia EFE
  • 01/05/2015 21h35
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Alba Gil.

São Paulo, 1 mai (EFE).- Os tempos em que a música eletrônica eram domínio da cultura underground são história. Agora os DJs passeiam entre flores e cogumelos gigantes como os que inundaram o palco do festival Tomorrowland, que começou nesta sexta-feira sua primeira edição na América Latina.

Às 14h em ponto milhares de fãs da música eletrônica se reuniram debaixo de um arco íris inflável na Fazenda Maeda, o local de 1,2 milhão de metros quadrados em Itu, a cerca de 100 quilômetros de São Paulo, onde acontece o festival.

Debaixo do forte sol que desafiava as previsões de frio esperadas para o fim de semana, alguns fãs vestiam fantasias, outros com purpurina no corpo, com cabeças de cavalo ou vestidos de vaqueiro… Qualquer que fosse a fantasia escolhido para a ocasião, todos chegaram preparados para se perder na “Terra do Amanhã”.

Um território fantástico que até domingo receberá 180 mil pessoas e no qual “gigantes” cobertos de rosas brancas lançam papéis de cores; onde crescem plantas colossais e onde surgem balas gigantes.

A cuidadosa cenografia circense é responsável pela metade do sucesso deste olimpo da eletrônica, que reunirá até domingo DJs de renome internacional, liderados pelos holandeses Hardell, Afrojack e Armin Van Buuren, o francês David Guetta, o americano Steve Aoki e o sueco Steve Angello.

Esta primeira divisão comandará o palco principal, presidido pelo já famoso “O livro da sabedoria”, aberto sobre outros imensos tomos e de cujos lombos crescem plantas e se abrem janelas. Uma estrutura vinda da Bélgica exclusivamente para esta edição.

Mas a programação, com 150 artistas, tem mais seis palcos. Alguns brincam, como Alice no País das Maravilhas, com espelhos, enquanto outros trazem a decoração de um grande teatro e, inclusive, enormes vitórias-régias que disparam água.

O toque brasileiro está nas mãos de DJ Marky, a estrela nacional, cujo camarote reproduz uma praia, com areia no solo e imagens do amanhecer no mar.

Fogos de artifício, fontes e uma grande dose de inspiração “New Age” banham o lema do festival: “ontem é história, hoje é um presente e amanhã é um mistério” que impregna este espetáculo da música eletrônica.

Esse mundo de sonhos nasceu pelas mãos dos irmãos Beers em 2005 na cidade belga de Boom, inspirado no holandês Mysteryland, e que saltou em 2013 para os Estados Unidos, dois anos após ter ganhado o prêmio de Melhor Festival no “International Dance Music Awards”. EFE

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