Filha adotiva de Woody Allen relata em carta seus supostos abusos

  • Por Agencia EFE
  • 01/02/2014 21h48
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Reprodução Woody Allen será homenageado no Globo de Ouro

Nova York, 1 fev (EFE).- Dylan Farrow, filha adotiva de Woody Allen, relatou hoje em carta aberta os supostos abusos sexuais aos quais foi submetida pelo cineasta quando tinha 7 anos, fatos que voltaram a ilustrar as capas por ocasião do recente tributo ao ator e diretor na festa dos Globos de Ouro.

A carta de Farrow, publicada na edição digital do jornal The New York Times, detalha o suposto assédio ao qual o diretor de “Manhattan” a submeteu no começo dos anos 90.

Especialmente, se detém em um episódio ocorrido quando tinha apenas 7 anos.

Segundo assegura na carta, Allen a levou então a um sótão de sua casa e abusou sexualmente dela, o que levou à então menina a denunciar a situação a sua mãe, Mia Farrow, que rompeu sua relação com o cineasta.

O caso foi divulgado em 1993, mas o cineasta sempre negou as acusações e elas foram retiradas, por isso que nunca foi julgado.

Após guardar silêncio durante anos, Dylan Farrow narra agora em primeira pessoa os fatos, depois que seu irmão, Ronan, criticou o tributo rendido ao cineasta nos Globos de Ouro pelos supostos abusos do diretor sobre sua filha.

Segundo assinala na carta Farrow, que agora tem 28 anos, o assédio de Allen a seguiu enquanto crescia e a levou a sofrer desordens alimentares e problemas para se relacionar com homens.

“Cada vez que via o rosto de meu abusador – em um cartaz, em uma camiseta, na televisão -, só podia esconder meu pânico até encontrar um lugar para ficar sozinha e me esconder”, assegura.

Além disso, a jovem critica a atitude da maior parte das estrelas de Hollywood por passar por cima os supostos abusos de Allen.

“O que faria se tivesse sido sua filha, Cate Blanchett? Louis CK? Alec Baldwin? E se tivesse sido você, Emma Stone? Ou você, Scarlett Johansson?”, pergunta Farrow a alguns artistas que trabalharam com Allen.

Segundo a jovem, “Woody Allen é um testemunho vivo do modo no qual nossa sociedade julga os sobreviventes de ataques sexuais e abusos”. 

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