França lança selo de comida “caseira” em seus restaurantes

  • Por Agencia EFE
  • 15/07/2014 11h19

Paris, 15 jul (EFE).- Os restaurantes franceses, a partir desta terça-feira, já podem identificar a comida de elaboração “caseira” graças um novo selo específico, medida que pretende agregar valor à cozinha tradicional, mas que ainda não contém o apoio unânime por parte dos chefs.

Em comunicado, a secretária de Estado de Consumo, Carole Delga, declarou que se trata de “uma medida para valorizar os profissionais e reforçar o atrativo da gastronomia francesa com o objetivo de reconhecer e promover a comida caseira, além de informar melhor os consumidores”.

O requisito indispensável para que um prato seja considerado “caseiro” é que o mesmo seja inteiramente elaborado no local e a partir de produtos crus, como estipula a lei que entrou hoje em vigor.

Apesar dos benefícios citados, essa definição gerou certa confusão entre alguns proprietários, já que muitos deles acreditam que a definição de “ingrediente cru” é pouco precisa e não apresentará nada de novo ao seu negócio.

Outro problema concreto destacado pelos profissionais do setor é o dos ingredientes congelados (preparado nos restaurantes) possam ser considerados “caseiros”, enquanto os pratos pré-cozidos ficam de fora do selo.

O presidente da Associação de Restaurantes, Francis Attrazic, explicou ao jornal “Le Parisien” que esse selo distintivo se mostrava necessário, principalmente pelo fato da denominação de “comida caseira” ter se transformado em “um elemento de marketing que não significava mais nada”.

O diretor da empresa de alimentação Gira Conseil, Bernard Boutboul, declarou à emissora “RTL” que “a definição de alimento cru não é nada precisa e, por isso, um pouco de tudo poderia entrar nessa categoria”.

Na França há cerca de 135 mil restaurantes que cozinham algum de seus pratos no local e que poderiam receber esta denominação criada para englobar desde estabelecimentos tradicionais até cadeias de fast-food, assim como locais que optam por vender alimentos preparados. EFE

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