“Fui um dos primeiros a pedir pelo fim”, diz Lúcio Mauro Filho sobre “A Grande Família”
Elenco de "Entrando numa Roubada" nos estúdios do Pânico
“Fui um dos primeiros a pedir pelo fim”Na próxima quinta-feira (3) estreia a comédia “Entrando numa Roubada”, que conta a história de um grupo de atores mal sucedidos e que hoje vivem no ostracismo. Nesta terça-feira (1), os atores Lúcio Mauro Filho, Bruno Torres e o diretor André Moraes estiveram nos estúdios do programa Pânico para conversar sobre os bastidores das gravações.
Com o mercado cinematográfico superaquecido e as produções cada vez mais trabalhadas, os atores acreditam que a audiência também está cada vez mais exigente.
“O limite entre o sucesso e o fracasso está sempre nas mãos do público, não tem jeito, ou você gosta ou não gosta. O problema é se apegar a uma fórmula. Como a gente não tem uma indústria, não tem um mercado estabelecido no Brasil, quando algo faz sucesso, os diretores tendem a seguir sempre aquilo e esse é o próximo passo para dar merd*”, criticou Lúcio Mauro.
Já Bruno acredita que a melhora nas produções aconteceu também por conta do aumento no incentivo cultural para financiar os projetos. “É diferente de 10, 15 anos atrás. Hoje em dia você tem uma gama de incentivos estaduais e nacionais que ajudam bastante”, relata.
Sobre a frequente repetição de atores nos longas, como por exemplo no caso da parceria de José Padilha e Wagner Moura, André Moraes defende que a escolha é feita muito em função da boa convivência nos bastidores, além da confiança no talento dos atores.
“O diretor quando tem uma equipe e um elenco de confiança é muito complicado para trocar. Às vezes você chama um grande ator, mas o cara é um mala, aí depois não aguenta nem ver ele na TV. Então eu entendo o Padilha e já gravei com o Wagner Moura e ele é um cara muito fácil de se trabalhar”, comentou.
A Grande Família
Lúcio Mauro Filho fez um estrondoso sucesso e conquistou o coração do grande público ao interpretar o atrapalhado Tuco, do seriado “A Grande Família”, que ficou no ar por 14 anos e chegou ao fim em 2014.
“Acabar no auge era uma das coisas que a gente queria. E eu posso falar, porque eu fui um dos primeiros a pedir pelo fim. Lá nos Estados Unidos quando um seriado acaba, tem publicidade, todo mundo para, é uma coisa toda. No Brasil não, acaba com briga no elenco, traz uma equipe nova e eu achava que a gente não merecia isso. Nós tivemos poucas brigas, para o tempo que ficamos juntos. Mas quando brigava também, pô, eram 14 anos, né? Já era como uma família, aí era dedo na cara, era tudo”, confidenciou.
Questionado sobre a personalidade arisca de Pedro Cardoso, que interpretava “Agostinho” no seriado, Lúcio Mauro se divertiu: “Ele é chateado desde que nasceu. Já nasceu puto da vida e brigando com o obstetra”, brincou, para em seguida completar: “Aprendi muito com ele, ele saca de tudo. Mas acho que não queria que terminasse”.
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