Fundação Miró organiza exposição com 114 obras do artista no Brasil

  • Por Efe
  • 22/05/2015 09h39
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Reprodução juan miró

A Fundação Joan Miró organizou no Brasil a exposição “Joan Miró – A força da matéria”, que reúne 114 obras deste artista catalão como pinturas, desenhos, esculturas e obra gráfica realizadas entre os anos 1931 e 1981.

Segundo informou nesta sexta-feira (22) a Fundação, esta é a primeira exposição que esta entidade organiza no Brasil, que estará aberta de 24 de maio a 16 de agosto no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e de 2 de setembro a 14 de novembro na sede do MASC, o Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis.

Na exposição, dirigida por Rosa Maria Malet, “é destacada a vontade de Miró de alcançar a pureza da arte, além da pintura convencional, e sua experimentação constante com técnicas, suportes e diferentes procedimentos que o levaram ao desenvolvimento de uma nova cultura da matéria”, segundo as mesmas fontes.

Os visitantes poderão ver 66 obras do fundo da Fundação Joan Miró de Barcelona, além de outras pertencentes à família do pintor, distribuídas em quatro salas. Na primeira sala figuram telas e desenhos de entre 1931 e 1944, a maior parte produzidos sob a influência da Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial, que sintetizam a tragédia do momento e mostram a nova linguagem simbólica de Miró.

A mudança de Joan Miró, em 1956, à ilha mediterrânea de Palma de Mallorca, onde seu amigo, o arquiteto Josep Lluís Sert, tinha desenhado uma oficina para ele, é o ponto de partida das peças expostas na segunda sala, na qual é possível ver o desejo do pintor de conseguir uma manifestação artística cada vez mais anônima.

A terceira sala reúne uma série de obras dos anos 70 nas quais Miró continua questionando o sentido final da pintura sem chegar nunca a abandoná-la, com obras nas quais fura suas telas, utiliza suportes incomuns reciclados como madeiras, papéis de vidro e pinturas de estilo pompier, para modelar sua arte, provocar o espectador e questionar o valor econômico da obra de arte.

O último espaço da exposição é dedicado à obra escultórica e gráfica de Miró, e destacam seus trabalhos com Carbeto de silício -um abrasivos artificial que tem como base o carvão em pó e silício-, que lhe permitem enriquecer a matéria e potencializar o traço das gravuras.

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