Influenciada por diferentes ritmos, espanhola Sara Pi se apresenta em SP

Daniel Muñoz.

São Paulo, 31 jan (EFE).- A espanhola Sara Pi, que se apresenta a partir deste sábado em São Paulo, aposta em uma ousada fusão de blues, soul e bossa nova para conquistar o público brasileiro.

Com um repertório em português e inglês, Sara se apresentará neste final de semana no Sesc Pompeia, e no final de fevereiro na tradicional casa de shows Tom Jazz, ambas na capital paulista.

“Não estou trazendo nenhum arranjo e nenhuma nota de música espanhola para os meus shows”, afirmou à Agência Efe, Sara de 27 anos, que pretende “introduzir cada vez mais a música brasileira em seus trabalhos”.

A cantora nascida em Barcelona apresentará seu álbum “Wake Up”, um projeto que teve início há três anos, como uma produção independente chamada “Burning”, mas que agora está sendo divulgado de forma ampliada pela gravadora Sony.

O produtor brasileiro Erico Moreira conheceu Sara em 2008, em Barcelona, e foi quem a incentivou a cantar profissionalmente. Atualmente ela tende a direcionar seu trabalho para o público latino e norte-americano, pois, de acordo com ela, o mercado de soul na Espanha ainda é muito incipiente.

Sara contou que desde menina teve muito contato com a música brasileira, especialmente com um LP que havia em sua casa de Vinícius de Moraes. Hoje suas músicas possuem a influência de Tim Maia, da música negra brasileira e da voz de Gal Costa.

“Ainda tenho dificuldades para compor músicas em português. Minha parte é mais o soul e o rhythm & blues, Erico é quem traz as referências da música brasileira”, afirmou, em um português impecável.

Esta não é a primeira vez que Sara fará shows no Brasil. Há três anos ela esteve em São Paulo, onde fez pequenas apresentações durante o circuito cultural da cidade.

“Não conheço bem o público brasileiro, mas tenho muitos amigos no país, por isso espero que o show saia muito bem e que gostem da música”, disse a cantora, que aos 13 anos começou a interpretar clássicos do jazz em casas de show em Barcelona. EFE