“Invocação do Mal 2”, de James Wan, faz história no País

  • Por Estadão Conteúdo
  • 14/06/2016 10h08
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Madison Wolfe será Janet Divulgação Primeiras cenas de “Invocação do Mal 2”

James Wan virou o Midas do terror em Hollywood depois que o primeiro “Invocação do Mal”, que ele dirigiu, e outro filme derivado daquele, “Annabelle”, bateram recordes de bilheteria. “Invocação 2” não apenas entrou arrebentando na quinta (9), como promete bater “Annabelle”, que Wan produziu e, com 3,6 milhões de espectadores, é a maior bilheteria de terror no País. Mesmo com um dia a mais – as estreias eram na sexta, hoje na quinta -, “Invocação 2” fez o dobro do primeiro dia do original.

Antes que você diga que faturamento não é, necessariamente, sinônimo de qualidade – muita gente diria que é o oposto -, é bom destacar que James Wan conseguiu. O filme é (muito) bom. E aqui cabe uma tergiversação. Em 2013, quando Wan estava fazendo “Invocação do Mal”, Justin Lin veio ao Brasil para participar do lançamento de “Velozes e Furiosos 6”. O filme revelou-se o melhor da série, até então. Lin, cineasta de origem taiwanesa, foi chamado para dirigir o novo “Star Trek – Sem Fronteiras”, abriu-se a vaga para “Velozes 7” e Wan foi cooptado para ocupar o posto. Wan, também de origem asiática – da Malásia -, já se exercitara na série “Jogos Mortais”, realizando o 1. Seu “Velozes e Furiosos 7”, emocionalmente turbinado pela morte prematura do astro Paul Walker, ultrapassou US$ 1 bilhão na bilheteria. E isso, somado ao megassucesso de “Invocação 1” e “Annabelle”, fez dele um dos autores que estão fazendo a diferença no cinemão.

Lin e Wan são orientais, jovens e talentosos. Têm pegada. A pergunta que não quer calar – Justin Lin vai conseguir estourar na série “Star Trek”? James Wan já está multiplicando o sucesso de “Invocação do Mal”. Inicialmente, o fenômeno é que um filme barato atingisse números tão estratosféricos. A sequência é mais caprichada, em todos os sentidos, e isso significa que a produção foi mais cara. Retornam os especialistas paranormais Patrick Wilson e Vera Farmiga. Desta vez, resolvem desistir das pesquisas de campo e apenas dar palestras. Mas a própria Igreja consegue que investiguem o caso de uma garota inglesa vítima de possessão demoníaca.

A história desenvolve-se em duas frentes – a dupla de especialistas nos EUA, a família da garota (mãe e quatro filhos) na Inglaterra. As duas linhas terminam por encontrar-se e o mais impressionante é que a nova invocação do mal parece ter sido só um pretexto para atrair o casal Lorraine e Ed Warren (Wilson e Vera). A história é real, claro que devidamente ficcionalizada, com todos os ambientes sombrios, e personagens sinistros, e trilhas sugestivas para garantir o susto. Só que Wan não fica no óbvio e subverte expectativas para aumentar o rendimento dramático. O resultado tem fôlego e, se você pesquisar na rede – existem documentários sobre o caso verdadeiro -, verá que a garota que faz o papel é igualzinha à possuída. E isso só aumenta o frisson.

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