Juca Ferreira aplaude atuação dos blocos e elogia carnaval de São Paulo
O secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, disse hoje (7) que ainda é cedo para fazer um balanço preciso da presença dos blocos de carnaval nas ruas de São Paulo, porque o processo de legalização e de criação de uma infraestrutura para essas festividades foi iniciado neste ano. “Mas o balanço inicial é muito positivo, com mais de 1 milhão de pessoas nas ruas, quase 200 blocos, com 172 cadastrados no prazo. Isso é um sucesso, porque esse cadastro é a base da possibilidade de se ter um mínimo de organização dos serviços: trânsito, percurso, expectativa de público e banheiros”.
Ele explicou que com a legalização dos blocos, a prefeitura pretende reconhecer a importância da existência desses grupos para o carnaval de São Paulo, que antes eram proibidos. “O que fizemos neste ano foi reconhecer o direito da população de celebrar a festa mais popular do Brasil, que acontece independente da vontade do poder público. Nossa função é organizar a festa, de forma que o impacto para os que não estejam no carnaval seja o menor possível”.
Sobre os incidentes registrados na Vila Madalena – onde foliões foram atropelados por um carro, na Praça Benedito Calixto, na qual alguns vândalos deixaram estragos – e na Rua Cardeal Arcoverde, Juca Ferreira discorda de quem diz que a festa deixou rastros de destruição: “Acho exagero. Tivemos três incidentes relativamente pequenos em uma festa que teve 1 milhão de pessoas nas ruas, com 50 regiões tendo carnaval. Os blocos, este ano, tiveram espírito de cooperação e respeitaram as regras”.
O secretário disse que apenas um bloco não respeitou o que foi definido pela prefeitura, mas assumiu a responsabilidade por isso. Segundo ele, as regras foram divulgadas com algum atraso, e apesar disso, o comportamento dos participantes e a cooperação de todos merecem elogios. “A bagunça que fizeram na [Praça] Benedito Calixto não foi pelos participantes do bloco, que já haviam se dispersado. Um mínimo de investigação nos permite saber disso. Os próprios moradores da região disseram que o carnaval já havia acabado”. Segundo Ferreira, vândalos picharam paredes e urinaram em alguns pontos da praça, inclusive nas áreas de caixas eletrônicos de agências bancárias.
Ele informou que a experiência deste ano servirá para melhorar o carnaval de rua de São Paulo, no ano que vem, já que existe grande possibilidade de aprimoramento. A ideia, acrescentou, é impedir que os blocos fiquem parados, para que o barulho não se concentre em um local só, e assim diminua o impacto para os moradores. “Vamos discutir com os organizadores dos blocos e usaremos carnavais de rua de outros estados como exemplo. Pretendemos que tudo esteja definido já em outubro, para que as secretarias e subprefeituras tenham tempo para programar tudo e se chegue ao patamar mais próximo do ideal”, finalizou.
Editor Stênio Ribeiro
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