Karol Conká fala sobre assédio sexual: “não podemos confiar nem na polícia”
Além de conquistar falar sobre um estilo ostentação em músicas como “Festa VIP”, a rapper Karol Conká também se desenvolve quando o assunto é sério. Já conhecida como militante feminista, a artista botou luz no tema do assédio sexual em entrevista ao site da Heloisa Tolipan.
Ela, inclusive, disse que seu primeiro assédio foi aos 11 anos de idade, na casa de uma amiguinha. “Ele [o pai] pegou minha Barbie, tirou o elástico do cabelo dela, fazia gestos sexuais e dizia que era aquilo que faria comigo. Eu saí correndo. Nunca mais o vi”, revela.
O importante, de acordo com a rapper é combater o assédio e o abuso sexual verbalizando essa forma de violência. “Uma vez fiz uma confusão no bairro onde morava porque um cara estava me assediando. Chamei um gueto para ir atrás dele. Com medo, correu para a favela e só saiu de lá no dia seguinte”, contou a rapper.
Ela ainda destacou que, apesar de serem vítimas, muitas mulheres não conseguem a devida ajuda para lidar com o problema. “Uma menina foi ao Facebook narrar que foi estuprada e, ao chegar na delegacia, o delegado disse que não era para tanto já que ela era uma gata. Não podemos confiar nem na polícia mais”, lamentou.
“Não é questão de ser coitadinha. A gente não quer mulher melhor que homem. Queremos igualdade e respeito. A mulher e o homem sob as mesmas condições na sociedade. Ninguém é melhor que ninguém”, concluiu a artista.
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