Leo Dias opina sobre apoio de Ludmilla a Lula: ‘Misturar música com política é um erro’

Em entrevista ao Pânico, jornalista lamentou viver em país ‘dividido’, ressaltou que ‘nem todo sertanejo vota no Bolsonaro’ e defendeu shows de Gusttavo Lima para prefeituras

  • Por Jovem Pan
  • 01/06/2022 15h14 - Atualizado em 01/06/2022 15h17
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Reprodução/Pânico Leo Dias em entrevista ao Pânico Leo Dias foi o convidado do programa Pânico desta quarta-feira, 1

Nesta quarta-feira, 1º, o programa Pânico recebeu o jornalista Leo Dias. Em entrevista, ele opinou sobre um caso recente envolvendo Ludmilla, onde a cantora foi acusada de fazer propaganda política em seu show na Virada Cultural no último final de semana, com uso de dinheiro público. “Tudo depende se a pessoa estiver disposta a suportar os ataques, tranquilo. A Ludmilla se encontrou com o Lula, que, de fato, parece um apoio. A mãe dela vai sair candidata, mas acho que não é pelo PT, é por outro partido. A mãe dela vem candidata a deputada federal. Tem muito artista candidato”, observou. “O pai do Gusttavo Lima se encontrou recentemente com o Bolsonaro, eu acionei a assessoria do Gusttavo Lima e eles vieram com um comunicado muito preciso, dizendo o seguinte: ‘Ele não tem candidato, ele não declarou apoio e disse que o pai dele e as pessoas têm total liberdade de escolher seus candidatos’. E eu fiquei surpreso positivamente, é bom.”

Para Leo Dias, a relação entre a música e a política é um erro, e a criação de estereótipos eleitorais para definir gêneros musicais divide o país. “Acho que essa história de misturar cantor com política é um erro, até porque a história mostra que muitos já quebraram a cara.  A gente consome muito as redes sociais, e elas não representam a verdade do Brasil. Isso é uma bolha. A internet não é o Brasil verdadeiro, não é o eleitor verdadeiro. Se fosse pela internet, a eleição já estaria ganha. E a gente não sabe quem de fato vai ser o eleitor”, disse. “É muito triste estar em um país tão dividido, quando a arte é julgada. A cultura não pode ser dividida dessa maneira. Dizer categoricamente que todo sertanejo vota no Bolsonaro… Não é possível dizer isso. Marília Mendonça tinha se manifestado uma vez contra o governo Bolsonaro.”

O jornalista também opinou sobre a polêmica envolvendo o cantor Gusttavo Lima e cachês cobrados por shows no interior do Brasil, que ultrapassam R$ 1 milhão, como no caso de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais. “Falou-se muito do cachê do Gusttavo. Esse valor é o cachê dele, que ele cobra para qualquer rodeio. Quando você vai investigar um artista, tem que investigar as notas que ele emitiu para outros eventos. É o valor que ele cobra para todos os eventos particulares”, pontuou. Leo ainda argumentou que o cachê polêmico não chega perto do que o sertanejo fatura no seu espetáculo particular que roda pelo Brasil, conhecido como “Buteco”. “O que representa isso dentro da folha dele não é muito, é achar alguém para Cristo. É um contratante como outro qualquer, só que é uma empresa pública, a prefeitura”, concluiu.

Confira na íntegra a entrevista com Leo Dias:

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