Moda: Stella McCartney, filha de Paul McCartney, se consolida como estrela verde de Paris

‘Demonstrei um modelo de negócios saudável que está favorecendo a mudança e que é aceito’, disse Stella McCartney

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2020 16h47
Divulgação 'Demonstrei um modelo de negócios saudável que está favorecendo a mudança e que é aceito', disse Stella McCartney

Muitas coisas mudaram desde que a britânica Stella McCartney, filha do beatle Paul McCartney, lançou sua marca com o pretexto de não usar peles e nem cola nas roupas, em 2001.

Desde o último verão europeu, ela é assessora de sustentabilidade do homem mais rico da França, Bernard Arnault, proprietário do conglomerado de marcas de luxo LVMH, e se consolida a cada ação como referência de sustentabilidade na moda.

“Gosto de pensar que contribuo com uma maneira diferente de pensar. Demonstrei um modelo de negócios saudável que está favorecendo a mudança e que é aceito. Prefiro ser positiva e acho que posso mostrar um exemplo magnífico de outra maneira de fazer negócios”, disse Stella em uma reunião privada na noite anterior ao desfile desta segunda-feira (2).

A estilista nascida em Londres, em 1971, sabe que não será capaz de convencer as pessoas sobre o que devem comer – seus pais a criaram no vegetarianismo – ou como devem se vestir, e é por isso que ela assumiu uma estratégia que também tem detratores, mas ela se defende. “Prefiro me infiltrar e promover mudanças a partir de dentro.”

O cenário é novamente o mesmo dos últimos nove anos: cubos de material reciclado servem de assento para convidados, luzes LED e nenhuma anotação ou mensagem no papel. Desistir de uma decoração milionária e espetacular também ajuda a reduzir a produção de carbono. Como ela reconhece, metade de seus clientes procura por seu estilo, a outra metade por sua preocupação climática.

Nesta coleção outono-inverno 2020/21, a importância que Stella dá à tecnologia e à inovação têxtil se reflete em uma ‘trench coat’ de couro vegano, botas de cano tipo Chelsea e uma nova bolsa geométrica nesse mesmo material.

Tudo o que parece pele não é. Camisas e calças largas com cinto, conjuntos de jaqueta – uma das silhuetas que a designer melhor administra -, combinado com vestidos drapeados e fluidos, marcados na cintura.

As impressões gráficas foram adaptadas da obra do ilustrador franco-russo Erté (1892-1990), que a estilista conheceu durante a infância.

O desfile de Stella McCartney foi uma ode à modernidade e uma defesa dos direitos dos animais, onde o ativismo entrava na passarela, especialmente no carrossel final.

*Com EFE

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