Livro “Dr.Corrupção” ensina “técnicas de picaretagem”
Autores do livro “Dr.Corrupção”, Renan Flumian e Wander Garcia participaram do Pânico desta terça-feira (03) para promover a publicação lançada na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, em setembro deste ano, pela editora Artem Vivendi.
“O livro conta a história de um professor que dá aula de corrupção num curso secreto em Brasília”, disse o procurador do munícipio de São Paulo Wander, que assegura que o livro é “pura ficção”.
“São mais de cem técnicas de picaretagem”, informou Wander, citando funcionários fantasmas, mensalão para apoiar o governo, “boladas especiais” e indicação de cabos eleitorais nos cargos públicos entre as formas de afanar o dinheiro público.
Roteirista de cinema e advogado, Renan acha que a corrupção faz parte da cultura brasileira, embora “seja possível evoluir”. “Aqui é bem visto (a corrupção), você faz a malandragem e se deu bem é valorizado”, opinou durante o programa comandado por Emílio Surita.
A dupla defendeu a necessidade de mudar o perfil da figura dos políticos para que pessoas honestas se interessem em exercer mandatos. Wander defendeu também maior controle sobre a coisa pública. “Haddad acabou de criar um concurso público com cargos de auditores para fazer esse controle interno. São delegados para a prefeitura”, falou sobre os 100 novos cargos. “Sabe quanto é o salário inicial? R$ 14 mil, salário de delegado federal”, elogiou Wander.
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