Máscara do “japonês da Federal” é a mais procurada para o Carnaval de São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2016 14h40
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Carolina Ercolin/ Jovem Pan Máscara do "japonês da Federal" é a mais procurada para o Carnaval na maior loja do tipo

Temos um novo rosto para o Carnaval: 2016 será o ano do “japonês da Federal”, essa figura emblemática que está sempre presente nas prisões da Operação Lava Jato. Ele já virou marchinha de carnaval (veja ao final do texto) e agora ganha os salões de baile e blocos de rua do país.

As máscaras do agente da PF Newton Ishii são as mais requisitadas em lojas de fantasias da região da Rua 25 de março, no centro de São Paulo.

A repórter Carolina Ercolin trouxe até um exemplar para a avaliação da bancada. Silvia Poppovic vestiu máscara do Japonês da Federal e Marco Antonio Villa, de Eduardo Cunha.

E em tempos de crise, às vezes falta dinheiro para comprar uma fantasia completa, que está cara (por menos de R$ 100 você não sai trajado de uma loja dessas). A máscara tem ganhado, então, nos últimos anos, a preferência do folião. O exemplar custa apenas R$ 7,50.

“Mais fácil, mais simples e barato”, avalia comprador.

Sem brincadeira

Agora, tem um personagem que ganhou destaque na Lava Jato desde o ano passado que ficou fora da folia. Não pela falta de popularidade.

A defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, ameaçou processar quem produzisse máscaras já no carvanal passado.

O auxiliar administrativo João Carlos confessa que usaria o adereço, apesar de algumas complicações bem peculiares inerentes ao formato do rosto do investigado pela PF. “Não seria difícil fazer a máscara. O difícil é fazer os óculos”, ri.

Estoque antigo

Agora, claro que carnaval é modinha.

Hoje, o japonês da federal, Eduardo cunha, Delcídio do Amaral estão em alta…. Mas e os personagens do passado?

Estão todos enconstados no estoque, confirma o gerente da maior loja de fantasia da 25 de Março, Luis Gustavo de Oliveira. Antonio Palocci, Lalau, Gilberto Kassab e Jose Genoino são alguns dos políticos cujas máscaras não emplacaram.

Já a representação de Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF, foi o maior sucesso em 2014. “Ninguém quer ser o vilão, querem ser o mocinho”, brinca Oliveira.

Personagem híbrido

Agora, o “japonês da PF”, durante a Operação Sucuri, foi suspeito de integrar uma quadrilha que realizava contrabando na fronteira do Brasil com o Paraguai. Acusado de corrupção, chegou a ser expulso da PF.

Ishii responde a processos criminal e civil, além de uma sindicância. Reintegrado, a Polícia Federal diz que Ishii goza de confiança da direção e é um excelente profissional.

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