Mesmo com obras inacabadas, agremiações comemoram Fábrica do Samba em São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 28/12/2015 17h41
Divulgação Mesmo com obras inacabadas Mesmo com obras inacabadas

Os desfiles de Carnaval acontecem no início do ano, mas para fazer bonito na avenida a preparação das escolas de samba acontecem muitos meses antes.

Além da escolha dos enredos, uma das grandes preocupações sempre foi a estrutura dos barracões, que em 2015 ganhou a Fábrica do Samba, ainda não inaugurada, mas que já trouxe alguns benefícios para as agremiações que não tinham espaço adequado para suas alegorias, como é o caso da Dragões da Real.

“Nossa estrutura enquanto barracão, até o ano passado, talvez fosse a pior estrutura física. Acho que em 2016 com essas condições de trabalho de agora, os internautas e sambistas podem ter certeza de que a Dragões vem muito grande, muito forte, com uma riqueza de detalhes e interatividade com o povo do Anhembi, que vai ser uma coisa muito legal”, adiantou Renato Remondini, em entrevista à Jovem Pan.

Já para o carnavalesco André Machado, da X-9 Paulistana, que durante muitos anos desenvolveu os enredos da Pérola Negra debaixo do viaduto Miguel Mofarrej, o ganho é também na qualidade dos carros.

“A gente consegue ver o Carnaval de cima para baixo, a gente tem, praticamente, a visão que os jurados têm. Então todos os defeitos que captamos, conseguimos evitar ao máximo que eles apareçam, os carros acabam ficando mais perfeitos mesmo. E o grande detalhe é que as escolas que não tem um barracão como aqui, acabam fazendo carros menores, porque passam por vias públicas para chegar ao Anhembi”, explicou.

Mesmo para as escolas que tinham estruturas melhores, como é o caso da Gaviões da Fiel, a construção do complexo tem sido muito comemorada.

“Sem dúvida alguma é muito bom, muito bom mesmo, é outra coisa. Um espaço maior, amplo, sossegado. Nós temos uma estrutura melhor, altura para fazer as montagens, coisa que a gente não tinha em outros barracões, que dificultava. Com essa altura a gente pode trabalhar com referência até ao Rio de Janeiro, erguer, fazer testes”, contou o carnavalesco Zilkson Reis.

Com cerca de 70 mil metros quadrados e 14 galpões em todo complexo, a previsão é de que a entrega das obras da Fábrica, que iniciaram há dois anos, aconteça até 2017.

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