Morre aos 76 anos baixista lendário de jazz Charlie Haden
Redação Cultura, 12 jul (EFE).- Charlie Haden, um dos mais importantes contrabaixista e baixista da história do jazz, morreu em Los Angeles, após uma longa luta contra os efeitos degenerativos da pólio que contraiu em sua juventude, segundo informou a gravadora ECM.
Haden, que morreu na sexta-feira, adquiriu fama no final dos anos 50 por suas colaborações com o quarteto de free jazz que era liderado pelo saxofonista Ornette Coleman, e em meados dos anos 70 foi um membro-chave do agrupamento liderado pelo pianista Keith Jarrett.
Em sua longa carreira solo destaca-se “Liberation Music Orchestra” (1969), um disco inspirado nas canções da Guerra Civil espanhola que serviu como protesto contra os bombardeios norte-americanos no Camboja.
O seguinte dos quatro álbuns que gravou com essa formação, junto com a pianista e compositora Carla Bley, demorou 14 anos para sair, com o título “The Ballad of the Falhem”, de novo impulsionado pelo afã de experimentação e o compromisso político esquerdista.
O mais recente, de 2005, foi “Not in Our Name”, uma resposta musical à Guerra do Iraque. Charlie Haden chegou a passar pela prisão em Lisboa em 1971, quando em um festival no qual tocava com Coleman dedicou sua “Song for Ché” aos movimentos de libertação de Moçambique e Angola.
Em 1987, Haden formou seu outro grupo durável, Quartet West, com com o qual alcançou um grande êxito comercial e reconhecimento da crítica.
Entre a longa lista de nomes com os quais colaborou destacam-se também Chet Baker ou o guitarrista Pat Metheny, com quem gravou recentemente a trilha sonora do filme de David Trueba+ “Viver é fácil com os olhos fechados” (2013), ganhadora da última edição do Prêmio Goya. EFE
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