Museu Britânico oferece viagem ao interior das múmias do antigo Egito

  • Por Agencia EFE
  • 20/05/2014 12h54

Londres, 20 mai (EFE).- Uma exposição inaugurada nesta terça-feira no Museu Britânico oferece a oportunidade de percorrer o interior das múmias do antigo Egito através de uma tecnologia revolucionária que permite, de maneira interativa, sua visualização além das bandagens.

Intitulada “Ancient lives, New Discoveries” (Vidas Antigas, Novos Descobrimentos”, em livre tradução), a exposição, aberta o público de amanhã até 30 de novembro, revela interessantes aspectos físicos, sociais e culturais de oito das 120 múmias que integram a coleção do museu, procedentes do Egito e Sudão e que possuem mais de 4 mil anos.

Após dois séculos sem destampá-las, para evitar um possível risco de danar seu interior, este projeto de pesquisa realizado mediante a técnica de tomografia computadorizada tornou possível a visualização dentro das múmias – de uma maneira não invasiva – para obter descobrimentos surpreendentes.

Determinar de maneira mais precisa a idade dos indivíduos mumificados, averiguar que doenças sofriam ou as possíveis causas da morte, assim como analisar seus problemas dentais – muito graves em alguns casos – e descobrir que amuletos usavam foram apenas algumas das possibilidades alcançadas com a nova técnica.

Desta forma, entre as múmias expostas, figuram as de duas crianças e a de uma cantora de um templo.

“O Museu Britânico não destapou as múmias nos últimos 200 anos e isso é algo que os curadores agradecem, já que esse processo poderia destruir as evidências que queríamos analisar”, observou John Taylor, principal curador da exposição.

Daniel Antoine, especialista em Antropologia Física do museu londrino, ressaltou hoje à Agência Efe a importância “crucial” desses progressos tecnológicos em ter permitido “ver coisas surpreendentes em detalhes sem precedentes”. EFE

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