Museu dedicado ao 11 de setembro abrirá suas portas em 21 de maio

  • Por Agencia EFE
  • 24/03/2014 15h43
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Nova York, 24 mar (EFE).- O museu em memória das quase três mil pessoas que morreram nos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova York abrirá suas portas em 21 de maio, anunciou nesta segunda-feira o Memorial de 11/09.

“Este museu será a resposta à violência dos ataques de 11/9 e quando abrir suas portas, lembrará as histórias de heroísmo e coragem e o espírito decidido do qual fomos testemunhas naquele fatídico dia”, disse nesta segunda-feira o presidente do Memorial, Michael Bloomberg.

O museu faz parte do Memorial de 11/9, aberto dez anos depois dos atentados e que desde então abriga duas enormes fontes na base onde estavam as Torres Gêmeas destruídas nos atentados.

Os responsáveis do novo centro indicaram em comunicado que a história do ocorrido em 11/9 será contada através de artefatos monumentais e objetos pessoais, fotografias, gravações de áudio e vídeo, testemunhos em primeira pessoa e outros objetos de lembrança.

As duas mostras centrais estarão nos alicerces do original complexo do World Trade Center, uma histórica e outra chamada “In Memoriam”, na qual haverá homenagem às 2.983 vítimas de 11/9 e do primeiro atentado contra o WTC em 1993.

A exposição histórica recolherá testemunhos do que ocorreu em 11/9 nos três lugares atacados pelos terroristas e no resto do mundo, explorará os motivos que levaram ao atentado, examinará as consequências e mostrará como 11/9 segue marcando o mundo.

“O 11/9 é um dia que mudou profundamente Nova York e nosso país, e este museu unirá os nova-iorquinos no mesmo espírito de unidade que demonstramos depois deste ato de terror sem sentido”, disse o governador de Nova York, Andrew Cuomo.

Por sua vez, o atual prefeito de Nova York, Bill de Blasio, indicou que o museu “é para todos os nova-iorquinos” e para todos os que foram testemunhas do ocorrido “ou em pessoa ou através do televisor” e que hoje seguem “sem entender” por que ocorreu.

“E especialmente para os sobreviventes, os familiares das vítimas e as equipes de emergência. A todos eles damos o obrigado por compartilhar suas histórias com o resto do mundo para que possamos aprender com eles”, acrescentou.

O museu abrigará também em um lugar fechado ao público os restos das vítimas que não puderam ser identificadas, o que voltou a reabrir a polêmica entre alguns familiares das vítimas.

A cidade de Nova York planeja transferir neste ano ao museu os restos que se encontram sob custódia o Escritório Legista, segundo indicou à emissora “CNN” sua porta-voz, Julie Bolcer, enquanto que o memorial confirmou que não ficarão expostos ao público.

Um grupo de parentes de vítimas de 11/9 foram a um Tribunal de Nova York em 2011 para solicitar que fossem consultados sobre a mudança dos restos e pediram um audiência no Congresso, mas ambas as iniciativas não prosperaram.

Nos cinco dias prévios à abertura oficial, o museu abrirá suas portas durante 24 horas por dia para os sobreviventes, os familiares das vítimas, os trabalhadores das equipes de emergência e os moradores de baixo Manhattan afetados pelos atentados.

A construção do Museu de 11/9 não esteve isenta de polêmica e as obras chegaram inclusive a ficar paralisadas durante quase um ano por disputas sobre o financiamento e a manutenção do centro.

Desde 2009, turistas e nova-iorquinos podem visitar um centro de visitantes que serve como avanço do museu e que foi construído a poucos metros do chamado “marco zero” de Manhattan, onde se veem artigos de lembrança relacionados com os atentados. EFE

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