Bob Dylan discorre sobre raízes de sua música em homenagem em Los Angeles

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2015 12h12
Reprodução

Bob Dylan, conhecido por se apresentar quase sem dirigir palavras ao público, fez um longo discurso em um evento de gala que o homenageou, na sexta-feira, e discorreu sobre as raízes de sua música e elogiou algumas figuras célebres.

Dylan, de 73 anos, considerado por muitos músicos e críticos o maior cantor e compositor de seu tempo, falou por 40 minutos no evento em Los Angeles ligado à premiação do Grammy, ao ser nomeado “pessoa do ano” pela organização de caridade MusiCares.

O ex-presidente norte-americano Jimmy Carter entregou o prêmio a Dylan depois de uma noite de apresentações de suas canções, incluindo “Knocking on Heaven’s Door” e “Standing in the Doorway”.

Beck e Sheryl Crow tocaram gaita, Jack White voou durante um solo de guitarra, Bruce Springsteen tocou com Tom Morello, Norah Jones tocou um blues no piano e os Los Lobos cantaram em espanhol.

Dylan, no entanto, não tocou nem cantou. Em vez disso, ele leu um discurso explicando suas raízes na música folk.

“Todas essas canções são conectados, não se enganem, eu só estava abrindo uma porta diferente de uma maneira diferente”, disse Dylan, usando gravata.

Para provar seu ponto, Dylan recitou as letras de canções tradicionais como “John Henry” e “Come All Your Fair and Tender Ladies” e em seguida as letras de suas mais famosas canções, como “Blowin’ In the Wind” e “The Times They Are A-Changin”, demonstrando como suas músicas eram espelhadas nas primeiras.

Ele também falou rapidamente sobre figuras musicais de seu passando, chamando Joan Baez de “um espírito livre, independente” e Nina Simone de “uma artista arrebatadora”.

Dylan também criticou diversas pessoas famosas por terem pensado mal dele, incluindo compositores como Jerry Lieber e Mike Stoller, que escreveram hits para Elvis Presley.

Dylan cresceu numa família judaica em uma cidade de mineração em Minnesota. Ele largou a faculdade e se mudou para Nova York onde se tornou famoso no início dos anos 1960.

O compositor dez vezes vencedor do Grammy já se reinventou incansavelmente, em muitos momentos assumindo a persona de bobo da corte pop, estrela do rock, cristão missionário, e poeta sábio.

O evento de gala levantou um recorde de 7 milhões de dólares para a fundação MusiCares, que ajuda membros da indústria da música que passam por maus momentos, disse Neil Portnow, presidente da National Academy of the Recording Arts and Sciences.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.