Da estreia de Olivia Rodrigo ao retorno do ABBA: Relembre os principais acontecimentos da música em 2021
Ano foi marcado por megahits como ‘Justice’, de Justin Bieber, ‘Bad Habits’, de Ed Sheeran, e ‘All Too Well”, de Taylor Swfit; no Brasil, Luísa Sonza e Anitta estão entre os destaques do ano
A indústria da música teve diversos momentos marcantes e transformadores ao longo dos últimos 12 meses. Se 2020 foi o ano das lives, com os artistas usando e abusando de transmissões ao vivo devido à ausência de shows na pandemia, 2021 entrou para a história com o impacto do TikTok. A plataforma de vídeos impulsionou a carreira de Olivia Rodrigo, uma americana de 18 anos que estourou com seu álbum Sour. Além disso, o ano do mercado fonográfico apresentou grandes estreias, retornos inesperados e grandes polêmicas. A Jovem Pan elaborou uma retrospectiva do ano para a música. Confira!
Grandes lançamentos
O ano de 2021 foi marcado por diversos lançamentos que viraram hits nas plataformas de streaming. No começo do ano, o super astro Justin Bieber lançou Justice, seu sexto álbum, com diversos sucessos como “Peaches” e “Hold On”. Em junho, a rapper Doja Cat, que será atração do Lollapallooza 2022 no Brasil, lançou o álbum Planet Her, com hits como “Kiss Me More” e “Woman”. Logo depois, Billie Eilish, uma das maiores revelações recentes da indústria, mostrou ao mundo seu álbum Happier Than Ever, que teve a faixa homônima como principal single, rendendo à estrela algumas indicações ao Grammy. No segundo semestre, o rapper Lil Nas X lançou o álbum Montero, com os sucessos “Montero (Call Me By Your Name)” e “Industry Baby”.
Dias depois de lançar o megahit “My Universe”, em parceria com o BTS, o Coldplay apresentou seu nono álbum de estúdio, intitulado Music Of The Spheres. Em novembro, o grupo Silk Sonic, formado por Bruno Mars e Anderson .Paak, colocou seu álbum de estreia nas lojas e serviços de streaming. An Evening With Silk Sonic mostrou ao mundo da músicas canções saborosas como “Leave The Door Open” e “Smokin Out The Window”. No mesmo dia, Taylor Swift lançou o Red (Taylor’s Version), uma releitura de um dos álbuns de maior sucesso da cantora, além de músicas inéditas. Dentre os hits, se destacam “22”, “All Too Well (10 minutes version)” e “I Bet You Think About Me”.
Decepções
Se por um lado vários artistas viram seus álbuns e canções alcançarem o topo das paradas, outros passaram longe do sucesso de outrora. Jordi, sétimo álbum do Maroon 5, ficou longe do êxito de seus antecessores. A faixa “Beautiful Mistakes”, parceria com a rapper Meghan Thee Stallion, foi o ponto alto do trabalho. Mercury – Act 1, do Imagine Dragons, também ficou abaixo dos trabalhos anteriores do quarteto. As músicas “Wrecked” e “Follow You” atingiram resultados inferiores comparadas a singles como “Believer” e “Thunder”, do álbum Evolve, de 2017. Outra artista que alcançou a mesma repercussão foi Lorde, com seu Solar Power, que teve a faixa homônima como maior sucesso do álbum.
Novas Estrelas
Dois mil e vinte um também foi marcado pelo surgimento de novas estrelas. A principal é a cantora Olivia Rodrigo, que, aos 18 anos, lançou seu primeiro álbum, intitulado Sour. O trabalho contém diversos hits como “Traitor”, “Deja Vu”, “Good 4 U” e “Drivers License”, o single de estreia da cantora e destaque nas paradas ao redor do mundo a partir do TikTok. O sucesso foi tanto que Olivia recebeu sete indicações ao Grammy, incluindo nas quatro categorias principais. Outro destaque foi a banda de rock italiana Maneskin, que ganhou notoriedade depois que seu cover da música “Beggin” viralizou no TikTok. A versão alcançou o topo da Billboard Hot 100, principal parada do mundo e se tornou uma das principais músicas do ano. Por fim, o cantor The Kid LAROI também se tornou um sucesso nas paradas com a música “Stay”, em parceria com Justin Bieber, hit que também atingiu o topo da Hot 100.
Retornos
O ano também trouxe de volta ao topo artistas que ficaram sem lançamentos por alguns anos. Cinco temporadas depois de apresentar 25, a cantora Adele regressou com 30, seu quarto álbum de estúdio, que trouxe o single “Easy On Me” como carro-chefe. O álbum se tornou o mais vendido em sua semana de lançamento, com 261 mil cópias. O single também se tornou o mais reproduzido em um dia na história do Spotify. Algumas semanas antes, o cantor Ed Sheeran lançou seu trabalho mais recente, = [equals, literalmente um sinal de igual], que apresentou os hits “Bad Habits” e “Shivers”, ambos dentro do top 10 da Billboard Hot 100 desde o dia de seu lançamento. Mas nenhum “comeback” foi tão surpreendente quando o do grupo sueco ABBA, sucesso nos anos 7o com megahits como “Dancing Queen”, “Mamma Mia!” e “Waterloo”. O quarteto voltou à ativa com o lançamento do álbum inédito Voyage. A música “I Still Have Faith In You” rendeu aos escandinavos uma indicação ao Grammy de melhor gravação do ano.
Polêmicas
Como era esperado, polêmicas também apareceram. Uma delas envolveu o rapper DaBaby, que participou do megahit “Levitating”, da cantora Dua Lipa, e polemizou ao fazer comentários homofóbicos sobre a HIV durante um show. “Se você não apareceu hoje com HIV, AIDS ou qualquer uma dessas doenças sexualmente transmissíveis, ligue a lanterna do seu celular”, afirmou o cantor durante a apresentação. Outra polêmica foi protagonizada pela Academia de Gravação, responsável pelo Grammy, que esnobou o cantor The Weeknd na premiação deste ano, mesmo com o sucesso de “Blinding Lights”, maior lançamento de 2020 e segunda canção mais reproduzida da história do Spotify. Após a esnobada, o cantor anunciou um “boicote eterno” à premiação.
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Até um episódio envolvendo cantores de sucesso do Brasil e dos Estados Unidos gerou alvoroço. Autor da canção “Mulheres”, que estourou nos anos 1990 na voz de Martinho da Vila, o compositor Toninho Geraes acusou Adele de plágio. Segundo ele, “Million Years Ago”, de 2015, é mais do que parecida com os versos que falam de “mulheres de todas as cores, de várias idades, de muitos amores”. Fãs também encontraram semelhança entre a canção “To Be Loved”, da americana, com “Eu Te Amo”, lançada por Chico Buarque em 1980. Porém, a equipe de Chico negou que se trata de plágio.
2021 na música brasileira
O ano de 2021 na música brasileira foi marcada por megahits lançados no começo do ano. A cantora Ludmilla emplacou o hit “Rainha da Favela”, enquanto a dupla Israel & Rodolffo, impulsionada pela participação do segundo no BBB 21, viu “Batom de Cereja” se tornar uma das canções mais tocadas do ano. Em busca da ascensão internacional, Anitta também foi um dos grandes sucessos do ano, com os hits “Girl From Rio”, “Tô Preocupada” e, mais recentemente, “Envolver”. Em meio às polêmicas envolvendo sua vida pessoal, a cantora Luísa Sonza lançou DOCE22, seu segundo álbum de estúdio, com as canções “Modo Turbo”, “Anaconda” e “VIP *-*”. Entretanto, o ano também ficou marcado pelo acidente de avião que vitimou a cantora sertaneja Marília Mendonça no auge de sua carreira.
Relembre as 10 principais canções de 2021:
- “Drivers License” – Olivia Rodrigo
- “Good 4U” – Olivia Rodrigo
- “Leave The Door Open” – Silk Sonic, Bruno Mars & Anderson .Paak
- “All Too Well (10 Minutes Version)” – Taylor Swift
- “My Universe” – Coldplay ft. BTS
- “Bad Habits” – Ed Sheeran
- “Stay” – The Kid LAROI ft. Justin Bieber
- “Industry Baby” – Lil Nas X & Jack Harlow
- “Levitating” – Dua Lipa ft. DaBaby
- “Peaches” – Justin Bieber ft. Daniel Caesar & Giveon
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