“É mais difícil para mulher fazer humor”, diz elenco do Clube de Mulheres

Johnny Drum/Jovem Pan

O espetáculo Clube de Mulheres está de volta em São Paulo, com estreia programada para a próxima quinta-feira, falando sobre temas do cotidiano como sexo, dieta, traição e filhos. Composto por quatro mulheres, o stand up quebra barreiras numa profissão praticamente dominada por homens. No Morning Show desta quarta-feira (1), Arianna Nutt, Wanessa Morgado e Ane Freitas afirmaram que é muito mais difícil para as mulheres se darem bem no humor.

Para elas, os homens possuem muito mais facilidade em se ridicularizar no palco e ganhar o respeito do público. Com um número bem reduzido de mulheres no stand up comedy, Morgado diz que ela e suas colegas precisam se provar ótimas o tempo todo para seguir na ativa.

“Hoje o homem tem mais facilidade de mostrar seus defeitos no palco, para algumas mulheres é muito mais difícil. Para nós não, vamos lá e falamos no nosso dia a dia. Falamos que estamos gordas, com peito caído, coisas desse tipo”, explicou Nutt.

“Em qualquer área a mulher sofre, não só no humor. Mulher tem que provar ser muito boa, já o homem pode ser meio termo. Existem mulheres fantásticas no meio, mas precisam ficar se provando o tempo todo”, acrescentou Morgado.

Politicamente correto

As meninas sabem que hoje em dia é muito perigoso fazer piadas e acabar recebendo uma grande desaprovação do público, por conta da patrulha do politicamente correto. Ane Freitas foi quem mais falou sobre o assunto e afirmou ter adorado o longa de Danilo Gentili, que foi acusado de fazer apologia à pedofilia.

A humorista também relembrou de desenhos como Pica-Pau e Tom e Jerry, que faziam muitas crianças rir na década de 1980 e 1990 no Brasil com atitudes que não são bem vistas hoje em dia.

“Os desenhos de antigamente tinham piadas tão ilegais que eram engraçadas. Hoje me dia existe o que pode ou não pode ser falado que é muito chato”, pontuou.