"É um desafio enorme", diz Emílio Dantas sobre interpretar Cazuza
Em cartaz com o musical ‘Cazuza – Para O Dia Nascer Feliz’, o ator Emilio Dantas foge um pouco das novelas e se aventura aos palcos. A melhor parte, claro, é o tremendo sucesso: mais de 200 mil pessoas em 13 cidades brasileiras compareceram ao espetáculo. Sobre toda essa aceitação do público, o ator revela que não poderia ser diferente: “a gente está falando do Cazuza. Não tem como pensar menos do que isso”.
“Eu acho que é uma das últimas vozes mais importantes da nossa música, da nossa cultura e, como a gente tem a peça com a participação da obra dele contando a história, não tinha como dar errado”, continuou Dantas. Vítima de um choque séptico causado pela AIDS, Cazuza faleceu no dia 7 de julho de 1990 e, na ocasião de seu enterro, o caixão foi levado pelos ex-companheiros de banda do Barão Vermelho.
A banda, inclusive, é o principal foco do espetáculo, de acordo com Emílio: “a gente passa rapidamente pela infância dele, o que seriam alguns traços do início de um poeta, do lado musical. Depois a gente já encabeça no Barão e vamos ate o falecimento dele”, disse. Apesar de não explorar a vida pessoas do músico, o ator garante que o desafio não é menor.
“É um desafio enorme. Eu procurei focar na energia dele e na atitude dele. A gente está fazendo agora as apresentações em praça pública, a gente foi em Belo Horizonte e tinham 12 mil pessoas. Então, quando você vê um coro de 12 mil pessoas e não só cantando mas sentindo aquela vibração, a gente entende que o sentido dessa obra é para ser celebrado e ter essa força. A gente é responsável por fazer essa ponte”, contou o ator.
Ele ainda revelou que, para se preparar para o grande personagem, teve inclusive que perder peso. “Primeiro eu tive que emagrecer um pouco, porque como a gente conta as duas fases a gente teve que encontrar um meio termo para contar essa história de maneira crível. Então a gente também conta com ajuda de figurino, luz, então eu foquei mesmo na atitude”.
Ainda sobre o público, Emílio Dantas revelou que a reação do público é sempre a melhor possível, apesar de existirem opiniões divergentes: “porque tem gente que gosta e gente que não gosta, assim como era com o Cazuza. A peça, o que a gente conta, é, de certa forma, um espelho da vida dele”, conta.
Nesta sexta-feira (26), a cidade de São Paulo verá uma apresentação de ‘Cazuza – Para O Dia Nascer Feliz’ com entrada franca. A peça será exibida no Memorial da América Latina, com lugar para três mil pessoas.
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