Junior Lima: ‘Eu trabalhei muito mais do que ganhei’

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2018 14h59
Jovem Pan Junior Lima e Júlio Torres, do Manimal, foram os convidados do Pânico nesta segunda-feira (3)

Junior Lima está de volta aos palcos, desta vez com o projeto Manimal, ao lado DJ Júlio Torres. Sucesso no Brasil inteiro nos anos 1990 pela dupla com a irmã, Sandy, ele ainda colhe os frutos do passado, mas conta que a grana que ganhou não foi tão alta quanto muita gente imagina. “Eu trabalhei muito mais do que ganhei”, admitiu o músico em entrevista ao Pânico, nesta segunda-feira (3).

“Não posso reclamar, tenho uma situação privilegiada, mas minhas contas também são muito altas, tenho muitas dificuldades”, confessou Junior. “Eu tenho uma vida bem de boa, mas tenho muitas frentes de trabalho, muitos funcionários, moro numa boa casa, tenho um bom carro, essas coisas têm despesa alta”, explicou.

Entretanto, o artista diz que não é o dinheiro que o faz investir em novos projetos. “Esse não é meu motivador. Eu não consigo parar, música me faz muita falta”, disse. “Estar no palco é a mesma coisa que saltar de paraquedas, mas é uma queda livre que dura o show inteiro.”

Novo projeto

Com o Manimal, Junior volta à música eletrônica, que tem sido sua grande paixão nos últimos anos. Ao lado de Júlio Torres, ele não quer mais tocar as músicas de outros artistas, mas produzir as próprias do duo. “Hoje em dia não basta ser DJ, tem que produzir conteúdo próprio”, afirmou.

O nome da dupla vem de como eles se sentem quando estão livres. “Quando você está numa pista de dança às 3 da manhã, você não está vestindo máscara, é sua versão animal. É o Manimal, essa é a viagem”, explicou.

Mudanças

Na vida pessoal, Junior Lima também mudou muito. Casado há quatro anos com a designer de joias Monica Benini e pai de um filho, o músico também virou vegetariano há alguns anos. “É um ato de coragem encarar essa parada”, disse sobre a decisão. “Eu gostava muito de carne, e até hoje, é uma escolha diária minha [não comer carne].”

Ele explica que deixou de comer carne para tentar ajudar nos esforços para barrar os impactos da criação de gado na natureza, principalmente em relação ao efeito estufa. “A gente precisa drasticamente diminuir o consumo de carne no mundo”, disse. Para isso, ele tentou até influenciar a família. “Eu fiz um movimento na minha família, não queria ter nada a ver com criação de gado”, contou, mas ressaltando que aceitou a escolha de cada um. “Não quis virar o ‘ecochato’.”

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